Arrumando minha pequena mochila para viagem, encontrei uma folha de caderno velha e amassada, fui ler o que estava escrito nela, claro.
Minha letra rabiscada e feia me permitiu entender apenas algumas das frases que eu havia escrito, sei lá há quanto tempo atrás.
'A maior obrigação que tenho comigo é a busca do auto-conhecimento'
'Eu tenho que ter a mim mesma como forma de conhecimento'
Ter como obrigação a busca do auto-conhecimento demanda disciplina, prática, meditação.. enfim, requer ENTREGA.
Ser eu mesmo a fonte do conhecimento, passo a ser meu principal objeto de estudo, Svadhyaya - observação constante de si próprio, ações, emoções e sensações, estar atento a todo momento.
Muitas vezes nosso 'estado de yoga' fica esquecido no tapetinho, terminamos a prática, enrolamos o mat e junto com ele nossa consciência. Deixamos junto todos os Yamas e Nyamas e nos perdemos na rotina diária da vida. É importante lembrar que o Yoga vai além do mat, além do Ásana... vai no que temos de mais profundo, nossa Alma.
Observar sempre as ações e pensamentos refina nossa vida por completo. Nos tornamos mais cuidadosos, sensíveis e puros... e acima de tudo, cada momento em que estamos em constante atenção, estamos sempre aprendendo mais e mais sobre nós mesmos, indo em direção ao nosso foco, o auto-conhecimento.
Através da prática e da meditação, vamos educando o corpo e a mente, e então, este estado de consciência constante vai ficando mais suave e natural. A rotina espiritual se estabelece, e mantemos o foco da nossa atenção - nós mesmos.
Como diria Patthabi Jois "Do your practice and all comming"
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