Ao mesmo tempo que tenho muitas coisas para escrever, sinto que nem todas as coisas precisam ser ditas. Afinal, uma das grandes certezas que tenho a cerca do meu ser é que falo demais, e para agravar o processo, não apenas falo como também escrevo.
Realmente não pretendo me aprofundar nessas questões, a semana foi longa. Cheia de nada e completa com tudo. Coisas que não precisam ser ditas, porém merecem ser vividas. Dias de febre, tentativa de prática e por fim, o tal do desapego.
Vou me expressar melhor... Eu, pobrezinha, no silêncio solitário da prática diária fui ficar doente exatamente quando teria a oportunidade de praticar em grupo.
Irônico.. parece piada.. praga.. complô.. ou karmas para pagar.. sei lá, vai saber!
Fiquei mal, bem mal.. perdi as práticas, perdi os dias, perdi a voz e para balancear ganhei o tal do desapego.
Surpreendentemente impressionada foi como fiquei diante da minha reação de tranquilidade quando percebi que tudo estava perdido.
Tudo bem, o mais importante é minha integridade física, minha saúde.
Deixei tudo e todos de lado, enquanto ardia em febre no sofá fui percebendo que as coisas são como são e that's it! Parei para olhar o lado bom disso tudo e essa perspectiva me fez perceber muitas coisas boas acontecendo ao meu redor, me fez entender na vivência o tal do desapego.
Afinal, o Yoga não é apenas fazer minha prática de asanas com o grupo. Dessa vez minha prática foi perceber que o momento era inadequado para o movimento. Perceber esse processo me trouxe leveza para aceitar a minha condição e abrir caminho para entender muita coisa que com certeza eu não teria visto em um outro cenário.
Por incrível que pareça, tenho que considerar esse momento como talvez um dos mais libertadores de todos os tempos.
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