Quem somos

30 de set. de 2010

Realidade dos meus sonhos


Minha Amiga, parceira de tapetindo e tantas histórias, Rô Castellari escreveu essa incrível postagem sobre a vida.. os sonhos.. a realidade, sei lá! Ela conseguiu expressar exatamente o que penso, sonho e vivo diariamente no meu universo particular.

DA VIDA QUE SONHEI

Às vezes me canso de ser eu mesma.
Quero olhar para mim e dizer que sou outra pessoa.
Às vezes me dá preguiça de ser eu mesma.
Quero me espreguiçar e sair correndo de dentro de mim.

Mas quem disse que não posso ser outra pessoa?
Desde que me conheço como um ser pensante, fecho os olhos e crio histórias.
Posso ser protagonista, coadjuvante, figurante, observadora...
Não importa o papel que tenho nessas histórias.
O que importa é vive-las dentro de mim.

Muitas das histórias que criei se tornaram realidade.
Complexo falar em Realidade...
Mas falando dessa verdade que vejo com os olhos, muitas delas vivi.
E ainda vivo.
Quando me canso, fecho os olhos.
Me volto para dentro.
E retorno a minha casa.

Concluo que não tem como fugir.
Nem escapar da canseira dessa vida mundana.
Vive-la em paz é mesmo um desafio.
Mesmo quando faço o que amo, o que criei, o que sonhei.
Ainda assim continuo sonhando com uma vida.
Que talvez exista.
Que talvez eu viva.
Que talvez vire história.
Conheça mais http://youaregiventofly.blogspot.com/

Além de louca, boba!

Amiga Clarice, digo e repito, você nos descreve tão bem...Em um mundo em que ser bobo é quase uma maldição, fico feliz em encontrar nas suas palavras compreensão. Por favor gente, 'não confundir bobo com burro'...'o bobo tem originalidade'...'Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, difícil'...'É que só o bobo é capaz de excesso de amor'...e pra mim isso basta!


28 de set. de 2010

Coisas do dia a dia.. da vida



"Aprendi com a primavera

a me deixar cortar.

E a voltar sempre inteira"
Cecília Meireles

Adoro quando o Universo vem com suas respostas.. assim, sem muitos porquês... mas, cheio de pretensão. Essa foi exclusivamente para complementar a postagem anteiror.

Coisas da prática.. da vida


Começa com uma sensação em algum lugar, passa para o movimento de alguma coisa que tenha relação com aquele lugar, o tempo passa e vai ficando tudo cada vez mais intenso... resultado: dor.
Passei a semana me perguntando "por que dói tanto?".
Resposta óbvia.. dói por que transforma, abre.. limpa.. LIBERTA.

Antes de entender tudo tive que reeducar alguns pensamentos.
Ontem reclamei para meu Professor de natação "ai, que merda.. quero meu corpo de volta". Ele com toda positividade do mundo me respondeu "calma, é natural que depois de meses no mesmo processo você reclame da dor, mas vai passar".

Iniciei as braçadas mantrando "vai passar, vai passar, vai passar..." e então percebi que tenho que mudar minha atitude mental para permitir que meu corpo também mude. Não é nada adequado pedir de volta aquilo que não existe mais ou ficar pensando que um dia vai passar. Meu corpo é outro, se transforma a cada dia, a cada prática, a cada nova experiência.
Por que não permitir que ele se transforme em algo melhor?
Vou continuar observando, seguindo, respeitando e acreditando no caminho.

Dói, e dói mesmo... essa ideia de libertação não é tão simples assim. Merece esforço, dedicação e muita persistência.
Dói, eu sei que dói... mas passa logo vai?!!!

25 de set. de 2010

Coisas do amor.. da vida

Agora, mais do que nunca, vou afirmar minha teoria de que todos nós estamos sempre em busca de um grande amor. Não importa muito como seja esse amor, mas precisamos daquela sensação intensa do coração.. Hoje acabei lendo essa matéria sobre a encontrar cultivar nossa alma gêmea de acordo com a Cabala:

O desejo de achar a alma gêmea parece inato — vem com a gente. É uma busca quase incessante em bares, baladas, festas, reuniões, locais de trabalho. Procura-se o par perfeito no olhar, no jeito, na conversa. E, a cada namorado, a certeza de que aquele é, finalmente, a outra metade. Mas não é tão fácil assim. Mesmo porque ninguém sabe se existe de fato essa tão aclamada alma gêmea.

E, segundo o Zohar, o principal livro da Cabala, antes de descer para este mundo, a alma tem dois aspectos complementares — um masculino e um feminino. Ao reencarnar, o masculino vem no corpo de um homem e o feminino no de uma mulher. Ou seja, a alma se divide em duas e, uma vez na Terra, terá sempre a sensação de que falta a outra metade. Encontrá-la é a maior plenitude que se pode ter.

A felicidade, entretanto, não é necessariamente imediata, mas uma conquista, afirma o professor Shmuel Lemle. Portanto, o encontro da alma gêmea passa por aí também. “Nosso objetivo aqui é identificar as falhas e corrigi-las, na tentativa de melhorar não só a sua vida, mas também a do outro. E esse encontro é para ajudar nessa transformação — por isso é pleno”.

Como encontrar?
Pelos ensinamentos da Cabala, nada vem de graça e nem (sempre) fácil. As coisas boas acontecem por merecimento. Portanto, para encontrar a alma gêmea temos de merecê-la. E o que significa isso dentro dessa filosofia? De novo, entra o conceito de correção. “A vida tem um propósito: elevar a nossa alma, identificar as falhas e mudar para melhor”, diz Shmuel. “Também é importante ajudar os outros, compartilhar. Se você está nesse rumo, está num caminho espiritual.” E isso, afirmam os cabalistas, não tem nada a ver com religião, é uma postura de vida. “Dê amor, respeito, dignidade às pessoas (família, amigos, estranhos e até inimigos) e então você estará ‘provando’ que merece sua alma gêmea”, pontua o professor Yonatan Shani, diretor do Kabbalah Centre do Brasil.

Mesmo estando nesse caminho, há outro ponto importante: é preciso querer de verdade a alma gêmea. Assim como desejamos e nos preparamos para um desafio, uma profissão ou mesmo para comprar algo especial, temos também de desejar e almejar esse encontro — o que não significa sair para a balada desenfreadamente em busca do seu par. Até porque na Cabala não existe acaso: tudo o que acontece na vida faz parte de um plano maior e também de nosso próprio esforço. Ou seja, não se encontra sem querer, sem ter uma ideia preconcebida para isso. “A palavra Cabala quer dizer receber. Mas antes é preciso se preparar. Costumo dizer que, no alfabeto, a letra S vem antes da letra T: você tem de ser antes de ter. Antes de encontrar a alma gêmea, você precisa estar bem com você”, afirma Yonatan.

E se eu não encontrar?
Claro que ter uma afinidade de alma nesse nível é algo que realmente todo mundo quer. Mas quem não estiver preparado para receber a alma gêmea pode ter a alma certa. Ou seja, a pessoa ideal para estar perto naquele momento do seu desenvolvimento. “Pode ser aquela que você precisa para ir para o próximo nível. Por isso, é importante não se apegar à palavra gêmea, mas sim à alma”, diz Shmuel. “Isso significa que não se pode olhar só para o físico, a roupa, o status. Claro que atração é importante, mas é preciso ver além disso e conectar no nível de alma. Se o casal tem uma conexão assim, tanto faz se é a certa ou se é a gêmea — ele será feliz e irá crescer. O que não dá é idealizar uma pessoa e querer que ela seja aquilo que você desejou.”

Alma certa ou gêmea, portanto, tem de encontrar seu par. “A Cabala ensina que toda e qualquer pessoa se conhece por alguma razão — namorado, marido, amigo, irmão, desafeto, ninguém entrou na sua vida à toa. Você tem de entender o porquê e aprender com isso”, diz Yonatan. Como? “Primeiro, aceitando as pessoas como são. E,se tem aquela que você não vai com a cara de jeito nenhum, tente reparar em que aspecto ela te incomoda: com certeza terá um espelho dentro de você”, responde ele.

Da mesma maneira, se um relacionamento não está dando certo, ele tem de terminar, mesmo que doa. “Você deve se perguntar todos os dias: estou com quem desejo, trabalho onde quero, estou no meu caminho? E ser corajoso com a resposta que vai ouvir. A Cabala acredita no conceito do divórcio porque todos têm de estar livres para encontrar a sua alma certa”, afirma o professor.

Mas, todo mundo sabe, não basta encontrar. Não importa se é alma gêmea ou certa. É um casal: há conflitos, diferenças e os dois têm de crescer juntos. E Shmuel dá um exemplo, em tom de brincadeira, de como no dia a dia a gente esquece disso e coloca o relacionamento no automático. “Todo mundo quer encontrar um amor, a sua alma gêmea. E gasta um monte de energia nisso: se pinta, vai para a noite durante horas. E, depois que encontra, acha que é seu e desencana”, diz ele. “A gente tem de investir no mínimo a mesma energia que investia na conquista para alimentar e regar o amor com quem se está. O certo era investir mais! Quando falta, a gente pede. Mas quero ver pedir para manter e aumentar o amor. O verdadeiro trabalho começa depois que você encontrar a sua alma gêmea.”

Fonte:http://revistamarieclaire.globo.com/Revista/Common/0,,EMI162325-17733,00-ALMA+GEMEA+EXISTE+E+A+CABALA+MOSTRA+COMO+ENCONTRAR+A+SUA.html

22 de set. de 2010

Equinócio de Primavera



Meu querido Teacher e inspiração lá do Chile, postou isso hoje.
Momento auspicioso.. que possamos sim perder o medo de amar e cada vez mais buscar essa incrível conexão com toda a natureza.
Por Andrés Wormull

En algún momento de esta tarde/noche se producirá el equinoxio de primavera. En latín equinoxio significa “noche igual”, y es el punto del año en que la duración del día y la noche son equitativos. Esta es una ocasión auspiciosa para la conciencia en las tradiciones espirituales de India y Méjico, las cuales apuntan a un momento de mayor equilibrio y claridad en la mente, una oportunidad de traspasar la barrera de la mente ordinaria y la dualidad. Celebremos este momento importante para nuestro planeta (y nosotros) observando nuestra mente y emociones, y reemplazando el miedo por el amor.

http://www.andreswormull.com/
http://www.vaidika.com/

Cosas Nuevas

soy agua, playa, cielo, casa, planta,
sou água, praia, céu, casa, planta
soy mar, Atlántico, viento y América,
sou mar, Atlântico, vento e América
soy un montón de cosas santas
sou um monte de coisas santas
mezcladas con cosas humanas
misturadas com coisas humanas
como te explico . . . cosas mundanas.
como posso dizer... coisas mundanas.

Fui niño, cuna , teta, techo, manta,
Fui menino, berço, peito, teto, cobertor
más miedo, cuco, grito, llanto, raza,
e medo, bicho-papão, grito, choro, raça,
después mezclaron las palabras
depois mesclaram as palavras
o se escapaban las miradas
ou escapavam-se os olhares
algo pasó . . . no entendí nada.
algo aconteceu... não entendi nada

Vamos, decime, contame
Venha, me diga, me conte
todo lo que a vos te está pasando ahora,
tudo o que está lhe acontecendo agora
porque sino cuando está el alma sóla llora
porque senão quando fica a alma sozinha, chora
hay que sacarlo todo afuera, como la primavera
tem que pôr tudo pra fora como faz a primavera
nadie quiere que adentro algo se muera
ninguém quer que lá dentro alguma coisa morra
hablar mirándose a los ojos
falar olhos nos olhos
sacar lo que se puede afuera
pôr tudo que puder pra fora
para que adentro nazcan cosas nuevas.
para que nasçam dentro coisas novas

Soy, pan, soy paz, sos más, soy el que está por acá
Sou pão, sou paz, és mais, sou o que está por aqui
no quiero más de lo que me puedas dar, uuuuuuh
não quero mais do que possas dar-me
hoy se te da, hoy se te quita,
hoje te dão, hoje te tiram,
igual que con la margarita . . . igual al mar,
que nem se faz com a margarida... igual ao mar,
igual la vida, la vida, la vida, la vida . . .
igual à vida, a vida, a vida, a vida...

Vamos, decime, contame
Venha, me diga, me conte
todo lo que a vos te está pasando ahora,
tudo o que está lhe acontecendo agora
porque sino cuando está el alma sóla llora
porque senão quando fica a alma sozinha, chora
hay que sacarlo todo afuera, como la primavera
tem que pôr tudo pra fora como faz a primavera
nadie quiere que adentro algo se muera
ninguém quer que lá dentro alguma coisa morra
hablar mirándose a los ojos
falar olhos nos olhos
sacar lo que se puede afuera
pôr tudo que puder pra fora
para que adentro nazcan cosas nuevas.
para que nasçam dentro coisas novas

cosas nuevas, nuevas, nuevas . . . nuevas
coisas novas, novas, novas... novas

Life = Risk





"If you never failed,


you've never lived."



Khaled Hossain


21 de set. de 2010

Onde eu quero estar!!


Pensando nos meus 30 anos e em tudo que estou vivendo, decidi de brincadeirinha fazer uma retrospectiva. Algo do tipo, onde eu estava com 15 ou 20? O que estava fazendo, pensando, planejando?

Lógico que os detalhes se perderam no tempo, mas a certeza que fiz tudo que eu queria ter feito e assumi minha própria identidade é nitidamente clara.
Sorriso no rosto e vamos nessa.. mundo para explorar, muitas coisas interessantes ainda para viver e experimentar, só alegrias. Não dá para dizer que a vidinha é boa de tão magnificamente incrível que ela é!!!

Esse foi um pensamento gostoso de alimentar, já que trouxe muito contentamente e determinação para continuar nesse caminho. Om Shanti!!

Em tempos de eleição..


não poderia deixar de expressar minha frustração!!!
No fundo adoro política, ideologicamente acho que se estivesse sendo utilizada, na grande maioria, por um grupo de pessoas diferente, a política seria algo divertido.
Mas, infelizmente ela não é como eu gostaria que fosse e os candidatos do momento não representam nada além de nada... então fico eu de fora, cuidando do meu Universo particular e percebendo o movimento de longe.
Não me revolto pois não quero me intrometer demais, apesar de achar que deveria, afinal é meu papel de cidadã... mas confesso que não consigo. Pensar no menos pior, ou melhor do jeito que tá, ou isso, ou aquilo... ai tô fora!!!
Fico vendo a galera sendo encanada, explorada e ainda colocando energia em toda essa balela. Não sei a solução, nem sei se existe uma... mas sei que a cada ano fico mais distante da política, do futebol e da rede globo.. cada vez menos engajada.

17 de set. de 2010

Contentamento

O Yoga não é a filosofia do “o quê” ou do “quanto”, mas do “como”. O “como” você faz os exercícios determinará se é um asana ou se é ginástica. O “como” você se deita definirá se é só um descanso ou relaxamento. O “como” você vive indicará se será feliz ou miserável. Não existe nos textos de Yoga uma palavra que possa ser traduzida como felicidade do modo como costumamos nos referir no Ocidente. Do que conheço dos Yoga Sutras de Patañjali, penso que este estado que buscamos na prática do Yoga é diferente do conceito ocidental de felicidade. Quando se refere ao caminho a ser seguido pelo praticante de Yoga, Patañjali destaca o contentamento (santosha).

Da forma como é colocado, parece tão simples, como se fosse uma opção nossa escolher entre ser feliz ou miserável. Se é simples eu não sei, mas não tenho dúvida de que é uma opção nossa. Por exemplo: Quem mora em São Paulo, como eu, não tem a escolha de pegar trânsito ou não, hoje temos trânsito a qualquer hora e dia. Mas cada um pode optar se ficará irritado no trânsito ou não. Você pode achar que tudo está contra você ou que a “fechada” que você levou do carro da frente foi de propósito. Depende de você se quer trânsito com gastrite ou trânsito sem gastrite.

Afinal, ter raiva de alguém faz mal para quem? Estamos falando da nossa saúde. Não ter raiva faz bem para si mesmo. Ouvi uma vez uma frase interessante: “ter raiva de alguém é como tomar veneno e querer que faça mal para o outro”. A fórmula para o contentamento é: C= A/E. Ou seja, contentamento é igual às nossas aquisições (A) divididas por nossas expectativas (E). Portanto, quanto mais expectativa, menos contentamento. Não significa que não devemos ter planos e projetos, significa que não temos de fazer as coisas esperando que o mundo nos aplauda e nos veja como as pessoas maravilhosas que nós achamos que somos. Você já ouviu este tipo de frase? “Fiz tudo por ele e agora recebo isto de volta”. É esse tipo de expectativa a que me refiro. A forma como reagimos às informações que chegam a nós é determinante para a saúde e bem-estar.

A nossa resposta emocional é educável e modificável – tudo é aprendido e pode ser treinado. Patañjali sugere que antes da primeira manifestação de um pensamento inadequado, pensemos exatamente de forma contrária. No momento em que um pensamento destrutivo quer se instalar em nossa mente, é necessário desenvolvermos outro pensamento no sentido oposto. Em vez de desenvolver sentimentos de raiva contra alguém que fez algo que você não gostou, procure estabelecer sentimentos de compaixão antes que o ódio se instale. Não adianta querer ser hipócrita e dizer: “não vou ficar com raiva deste desgraçado”. Se o sentimento ruim já se instalou, fica difícil reverter. Existe um momento certo para tomar essa decisão e este momento está na raiz do pensamento ruim. Antes dele se desenvolver. Uma das coisas mais importantes de percebermos quando entramos em contato com outras culturas são outras possibilidades de resposta emocional. Se na nossa sociedade ainda vigora o “temos de levar vantagem em tudo”; “não levo desaforo para casa”; “o mundo é dos espertos” e outras bobagens, tenha certeza de que não são todas as culturas que pensam assim.

O preço das bananas
Na primeira viagem que fiz à Índia, em 1979, me ocorreu um fato interessante: estava em um trem de terceira classe, em uma velocidade que dava desgosto e um calor insuportável. Um senhor indiano muito simples, que estava sentado ao meu lado, queria conversar e me cutucando perguntava de onde eu era. Seu inglês era ruim, pior que o meu, e quando eu respondia, ele não entendia. Nossa conversa não prosperava e com o desânimo provocado pelo calor e a velocidade do trem, fechei os olhos e fingi que dormi. Fui decididamente antipático com o “nativo” que queria ser gentil. Quando chegou ao seu destino, e, diga-se de passagem, uma vila que era menor que as dimensões do trem, o indiano me cutucou despediu-se de mim e, eu, para não correr o risco de recomeçar o diálogo, continuei com minha farsa. Ele era realmente pobre, aquela região era muito simples, mas ele fez questão de correr até uma senhora que vendia bananas, comprou cinco e as quis me oferecer pela janela do trem.

Morrendo de vergonha eu inicialmente recusei, dizendo que sabia que as frutas eram caras naquela região e que ele as levasse para os filhos. Com isto, só piorei a situação e ele me disse: “por favor, aceite”. Teimoso, eu ainda tentei outra saída para diminuir meu remorso e disse: “fico com duas, uma para minha esposa e outra para mim”. Ele insistiu e repetiu: “por favor”. E eu nunca mais me esqueci. Digo que até hoje carrego estas bananas. Tenho certeza que as ofereceu com amor e carinho para alguém que ele nem conhecia pudesse pensar bem de seu país e sua gente. Ele tinha o direito de me chamar de estrangeiro prepotente, mas me deu uma lição que nem mesmo os ditos “mestres” que tanto imaginamos encontrar na Índia conseguem dar. Sua resposta emocional foi uma grande lição para mim. O conceito de felicidade da cultura de onde o Yoga se originou atribui a cada um a responsabilidade pela aquisição deste estado. A felicidade vem de dentro e não de fora. Não é o mundo, mas a maneira como o vemos que determina o nosso estado emocional.

Tudo tem um lado bom
Conta uma história indiana que um rei queria caçar e convidou seu amigo comandante da guarda para ir com ele. Enquanto limpavam as facas e lanças, o rei cortou o dedo. Imediatamente seu amigo vem com a frase: “tudo tem um lado bom”. O rei discorda dizendo que não há nada de bom em cortar o dedo e começam uma discussão que termina com o comandante da guarda preso e o rei caçando sozinho. No meio da floresta, o rei é aprisionado por uma tribo de nativos que justamente procuravam uma vítima para um ritual de sacrifício. Para oferecer um corpo à divindade, é preciso lavá-lo primeiro e foi então que perceberam que o prisioneiro estava com um corte e que não seria adequado oferecer um corpo com “defeito”.Dispensaram o rei, que foi embora pensando em tudo o que lhe aconteceu. Ao chegar no castelo, foi direto ao calabouço pedir desculpas. Depois de contar tudo ao amigo perguntou: “Mas qual foi o lado bom em eu tê-lo colocado na cadeia”? O comandante respondeu: “Puxa, rei, tivesse eu ido com você, percebendo que você não servia para o ritual, eles me matariam”. Não me refiro a um otimismo cego e ingênuo, mas ao fato de sermos mais positivos. Compete a cada um ver o lado bom das coisas.

Qualidade de vida X Vida com qualidade
O pensamento indiano não criaria conceitos como o de “qualidade de vida”, por exemplo. É comum ouvirmos que para obter qualidade de vida é necessário o equilíbrio entre trabalho e descanso, boa alimentação, exercícios físicos e não fazer dívidas, entre outros fatores externos. Conheço tanta gente que tem tudo isto e não tem felicidade. Por outro lado, conheço gente que não tem nada disso, mas tem uma alegria interna de dar inveja. O pensamento indiano seguramente trocaria o que chamamos de qualidade de vida por “vida com qualidade”. Será que a nossa vida tem qualidade? Quem dá qualidade e sentido à nossa vida? Qual a vida que vale a pena? Sempre que penso nisso penso na imensa qualidade que teve a vida de Madre Tereza de Calcutá. Trabalhava muito e com a saúde precária, mas sua vida valeu a pena. Se qualidade de vida está mais ligada ao fazer o que se gosta, vida com qualidade está ligada ao gostar do que se faz. Compete a cada um dar valor ao que tem em vez de olhar para o que está faltando.

Intitulamos-nos homo sapiens, mas às vezes é preciso rever este nosso sapiens. Hoje em dia as pessoas se matam porque denominam Deus de formas diferentes, e até porque torcem para times de futebol diferentes. Nossos valores estão equivocados. Religião e futebol são coisas boas e podem ajudar desde que sirvam para unir e não para separar. Com toda nossa sapiência, parece que temos de perder para dar valor. Somente depois de ter ficado desempregado por um ano é que alguém acorda feliz porque vai trabalhar em uma segunda-feira. Raramente ficamos felizes porque estamos saudáveis. Somente depois de ter ficado doente é que reconhecemos o quanto é importante ter saúde.

Para concluir, Patañjali afirma que para se adquirir felicidades supremas são necessários prática e desapego. Prática significa atenção constante para não se esquecer do que realmente é importante na vida, e desapego é simplesmente reconhecer que não temos nada. A sensação de posse é virtual, é apenas a permissão do uso temporário de algo que achamos que é nosso, mas que mais cedo ou mais tarde ficaremos sem. Assim, usufrua, viva o presente, lembre que fomos convidados para uma grande festa, mas dela, não levaremos nada de material. Disse uma vez a professora Lia Diskin da Palas Athena: “Tanto o céu como o inferno são estados da alma que nós
próprios elegemos em nosso dia-a-dia”. Felicidades...

*Marcos Rojo é professor da Universidade de São Paulo e coordenador do curso de pós-gradução de Yoga da UniFMU

16 de set. de 2010

Amém


Asato ma sadgamaya
Tamaso ma jyotirgamaya
mrtyorma amrtam gamaya

Da mentira, leve-nos a verdade
Da ignorância, leve-nos a sabedoria
Da morte, leve-nos a imortalidade

From untruth, lead us to truth
From ignorance, lead us to wisdom
From death, lead us to immortality

Obrigada Lou, simplesmente amei!!

It's a beautiful world



Bones sinking like stones
All that we've fall for
homes places we've grown
All of us are done for

And we live in a beautiful world
yeah we do yeah we do
We live in a beautiful

Oh all that I know is nothing to run from
Cause yeah everybody here got's somebody to lean on

Coldplay

Foto: mirante da Lagoa da Conceição

Arriscar é..



... SE DIVERTIR!!!
Como parece simples e gostoso sair pulando pelo mundo...
Parkour, quando se arriscar vira uma deliciosa brincadeira!

15 de set. de 2010

Mais um daqueles..


...super SURTOS!!

5:15 da tarde e estou almoçando e atualizando o blog.
Como assim? Faltando tempo para comer ou estou pirando mesmo?
Simplesmente não dá tempo, ou melhor, nem quero que dê. Estamos em setembro de 2010 e tenho que ficar decidindo cronograma de 2011. Quantos eventos? Quem vem? Quando?
A galerinha que pratica Ashtanga em Floripa vai ter uma identidade, a logo está na mão.. mas e o nome, cadê?
Férias.. namorado quer uma trip de surf. Amigas querem explorar novos horizontes. Tudo que eu quero é sossego e prática. Faço o que? Quando?

E tudo isso com prazos, datas... que merda.
Acho que queria me libertar de tantas decisões... sair desafinada tocando meu violão por ai.
Já que aula de canto e violão está na lista do que eu quero muito e não dá tempo para fazer.

14 de set. de 2010

Treinamento Funcional

Como se já não bastasse a prática diária e aqueles treinos de natação no meio dos brutamontes, agora eu inventei essa. A cada dia mais apaixonada... consciente e quebrada também!

12 de set. de 2010

Através dos seus olhos

Vivekananda pergunta: vc já viu Deus?
Mahana Mararishi responde: Sim
Vivekananda surpreso: Onde?!
Mahana Mararishi: Eu vejo através de seus olhos.

Palestra com Uma Krishnamurti

Do Facebook de Júlia Jalbut

Milho de paulista



No último feriado fui curtir uma prainha no litoral paulista... Riviera de São Lorenço, onde tudo que se tem a fazer é passear no Shopping. Claro que estou exagerando, mas quem conhece o lugar sabe o que estou falando.
Milhares de prédios distribuidos em módulos, uma praia linda, vegetação até que muito bem preservada, organização, limpeza, um incrível visual e aquele clima paulistano no ar.
Fui tomar uma água de coco e paguei R$ 5,00.. como disse a "tá em conta !!!".
Bruno Carlos saiu para comprar um milho verde e voltou me perguntando se eu queria na palha. Sem entender muito bem, respondi: "ué, claro".
Em seguida lá vem ele dando risada e dizendo que o vendedor nem cobrou o meu milho, ainda sem entender nada eu perguntei o que mais ele tinha comprado, já que estava com um potinho e cheio dos saquinhos na mão.
"Comprei um milho também, só que ele ralou e colocou no pote".
E o saquinho cheio de coisinhas é o que? Perguntei.
"Colher, manteiga, palito de dente, sal e guadanapo".

Milho verde 'fast food' na praia.. logo logo chega em Floripa!