Quem somos

1 de jan. de 2012

Achados e Perdidos

Nessa última semana fiz várias postagens a respeito da vida, dos sonhos e realizações, do que ser e como ser. Engraçado, nessa época do ano, inevitavelmente fazemos retrospectivas, nos avaliamos e finalmente, em algum momento do ano paramos para olhar para nós mesmos diretamente... pena que é por apenas uma semana e, que normalmente, o olhar interno se desfaz pela euforia da virada, férias e todo aquele agito básico de fim de ano.
Uma dessas postagens fala abertamente de viver aquilo que você quer ser, de seguir sem medo seus sonhos e seus desejos mais profundos... fiquei pensando... fácil para quem sabe o que quer, fácil para quem vive sem dúvidas, conectado consigo mesmo durante o ano todo, não só no momento final da retrospectiva. Fácil para aqueles que verdadeiramente conhecem seu Dharma, vivem e aceitam seu caminho com liberdade e gratidão.

E aqueles que passam o ano inteiro vivendo mais suas indecisões, medos e angústias que sua própria vida? Como ficam aquelas cheias de potencial e vigor que são desperdiçadas ao longo da jornada? Será que existe uma explicação coerente para essa desconexão?

Honestamente não sei... também, quem sou eu para saber... passei anos perdida, querendo tudo ao mesmo tempo, de qualquer jeito a qualquer custo, de um galho para outro fugindo da rotina, da responsabilidade, fugindo de mim mesma.
Quando, inconscientemente cansei, mergulhei na prática. A disciplina do yoga me levou a desafios muito maiores através do esporte, e por alguns anos tudo que verdadeiramente fiz, além de levar meu corpo a exaustão dos treinos e prática, foi aprender a dominar minha mente.
A repetição dos treinos fez com que eu compreendesse o padrão de me boicotar através das oscilações de pensamento.
Foram anos de triathlon, mais anos de prática de yoga que me mostraram o caminho, foi exatamente no momento que tomei as rédeas da minha vida, quando saí do plano mental, das minhas insanas e falsas ideias de libertação que minha vida passou a fazer sentido... e assim, a verdadeira jornada começou.

Continuo sem saber o segredo para se encontrar... apesar de fazer o que amo, ver minha vida fluindo naturalmente, sei que ainda estou no processo, que ainda tenho um imenso percurso pela frente... mas controlar a mente, alinhar pensamento, palavra e ação pode definitivamente ser o primeiro e mais importante passo nesta busca.
Honestamente desejo que em 2012 nossas mentes sejam mais claras, calmas e conectadas.

Um comentário:

Pat disse...

Estou me tornando uma seguidora cada vez mais fiel do Little Crazy, minha querida! Excelente! Grata.