Quem somos

31 de dez. de 2008

Que em 2009...


...nossa mente seja mais clara e calma;

que possamos amar muito mais;

que a beleza da vida ilumine o nosso olhar;

e que sejamos felizes e acima de tudo livres...

30 de dez. de 2008

Percebendo padrões

A palavra retrospectiva na véspera de ano novo é sempre a bola da vez, está em todas as bocas e meios de comunicação... então pensei que talvez fosse um bom momento de olhar para o que passou, não apenas em 2008, mas também nos últimos anos.
Dia ensolarado, corpo quente da prática, peguei minha bicicleta e sai "ao leo" pensando pensando pensando... até que as idéias foram clareando.
Comecei percebendo que minha maior dificuldade está em estabelecer raízes. Fui revendo os fatos... e lá estava eu, em algum lugar do passado, em uma vida dentro dos moldes da sociedade e de repente a "zica", jogo tudo para o alto e saio em busca do desconhecido em algum lugar do mundo.
E assim, dentro do meu padrão eu fui vivendo ou talvez sobrevivendo ao longo dos meus 29 anos... sempre feliz, e mesmo que inconsciente, elaborando o próximo destino.
A cada quilometro eu compreendia mais e mais toda a instabilidade dos acontecimentos, alguns momentos soltava umas gargalhadas, outros me percebia franzindo a testa... expressando todas as sensações.
Hoje vejo que a velocidade do tempo assusta... as travessuras de criança, a loucura da adolescência, virar 'gente grande', mulher de quase 30... e mesmo que cada fase tenha suas peculiaridades, minha vontade de viajar não pára. Porém, ser um adulto, demanda uma série de responsabilidades, e o que considero mais louco nisso tudo, é que além dos nossos padrões individuais, quando viramos adultos temos que assumir também padrões que a própria sociedade impõe: carreira, família, carro zero, corpo impecável, estar sempre sorridente, cheia de amigos/conhecidos e compromissos...
Será mesmo??? Prefiro acreditar que não... buscar pouco a pouco me libertar desses padrões, ou melhor, dessa pressão que somos submetidos e que parece piorar a cada ano:
se seguimos os padrões da sociedade a pressão vem de dentro do coração; se seguimos o nosso "feeling" a pressão vem de fora, dos outros que acreditam que sabem mais sobre você que você mesmo...
Portanto, em 2009 vou abandonar as promessas de sempre e seguir meu coração, porque lá no fundo, sou eu a única que verdadeiramente sabe o que me faz bem...
Sem padrões antigos, com novos padrões, revivendo padrões mal compreendidos e tentando entendê-los... sempre em busca de auto conhecimento e claro, libertação!!!

24 de dez. de 2008

Imperdível!!!






Recebi pelo correio um CD direto da Austrália, nele estavam fotos remanescentes da época de Mysore... algumas sequências imperdíveis!!
Isso que é enfiar o pé na jaca na Índia...
Mysore 2010, a missão!!!!!!!

23 de dez. de 2008

Saudades...

Foto clandestina, tirada no Shala em Mysore no dia da conference :)
Estamos todos ali... felizes e sorridentes...

Ontem recebi uma mensagem da Jú, amiga de infância e também do mundinho do Yoga me perguntando se eu ainda estava chegando da Índia.
- Putz, é verdade... disse eu.
Ela sorriu e respondeu:
- Normal, voltar da Índia é assim mesmo, passa um ano e agente ainda está chegando de lá... morrendo de saudades e vontade de voltar.

21 de dez. de 2008

Crazy



I remember when I lost my mind,
There was something so pleasant about that place...
Even your emotions had an echo in so much space.
And when you're out there,without care,
Yeah, I was out of touch.
But it wasn't because I didn't know enough:
I just knew too much
Does that make me crazy?
Possibly or Probably

And I hope that you are having the time of your life,
But think twice, that's my only advice.
Come on now who do you, who do you, who do you, who do you
Think you are, ha ha ha, bless your soul,
You really think you're in control!

Well, I think you're crazy... I think you're crazy...
I think you're crazy... Just like me.

My heroes had the heart to lose their lives out on a limb,
And all I remember is thinkin'
I wanna be like them.
Ever since I was little, ever since I was little it looked like fun,
And there's no coincidence I've come,
And I can die when I'm done.
But maybe I'm crazy?
Maybe you're crazy?
Maybe we're crazy?
Probably!

Gnarls Barkley
As fotos são em Amsterdan, aquele tipo de imagem que ninguém quer postar...

12 de dez. de 2008

Same same but diferent

Duas semanas em Floripa e então decido me manifestar... levei uns dias para sair do transe, tomar banho em uma ducha com água limpa e quentinha, cama macia...
Mas enfim, agora cheguei de verdade... e fico me perguntando se tudo não passou de um sonho.
Perceber que as experiências passadas foram verdadeiras ficou claro a medida que fui retornando a minha rotina, aulas de Yoga, práticas às 5:30 da matina no Shalinha, treinos de triatlon, rock in roll na quinta e comida vegetariana.
Ao longo dos dias fui encontrando amigos que falavam "Kaká, você voltou tão diferente", a Marza me contou que ouve muito "Você voltou mais bonita da Índia". Voltamos mesmo diferentes, mudou nossa atitude com relação a vida, nossas raízes, ações e evitáveis reações.
Estavámos no Rock in Roll, felizes e dançantes com uma cervejinha na mão, quando eu falei "Está tudo tão diferente... mas ao mesmo tempo nada mudou... que engraçado ". Dias depois, curtindo a primeira tigela e açaí da temporada Lado B, compreendemos o que é realmente experienciar a palavra equanimidade.
Tudo está em constante transformação, inclusive nós mesmos, e quando conseguimos perceber estas mudanças sem reagir a elas, encontramos então o equilíbrio - o estado de equanimidade da mente.
Agora a vida está mais fácil, já não me preocupo tanto com as coisas que não acontecem da forma planejada... procuro ter mais compaixão com as pessoas... observar com mais clareza tudo ao redor... falar somente o necessário e principalmente viver Florianópolis com a mesma atitude de libertação e paz que vivi nos outros lugares que já visitei.
Tenho andado distraído, impaciente e indeciso, e ainda estou confuso
Só que agora é diferente: estou tão tranqüilo e tão contente.
Quantas chances desperdicei quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava provar nada pra ninguém...
Renato Russo

7 de dez. de 2008

LADO B. Floripa - Brasil

LADO A. Índia

As postagens descritas anteriormente, se referem a nossa jornada à Índia. Tentávamos sempre com naturalidade colocar no papel tudo que presenciávamos, procurando preservar a originalidade dos acontecimentos, desde das palavras aos sentimentos que vivenciávamos a cada momento.

Hoje, mais certas do que anteriormente, queremos manter esta energia viva... e partir de agora mudamos de lado e passamos a relatar nossa experiência de voltar para casa iniciando uma nova fase de nossas vidas.

LADO B. Floripa - Brasil.

5 de dez. de 2008

Excuse-me


Excuse me Mr, do you have the time?
Or are you so important that it stands still for you?
Excuse me Mr, won't you lend me your ears?
Or are you not only blind but do you not hear?
Excuse me Mr but isn't that you're oil in the sea?
And the pollution in the air Mr, who's could that be?
So excuse me Mr, but I'm a Mr too
And you're giving Mr a bad name, Mr like you
So im taking the Mr from out infront of your name
Coz it's the Mr like you that puts the rest of us to shame

I've seen enough, I've seen enough to know,
That I've seen too much

Excuse me Mr can't you see the children dying?
You say that you can help them Mr your not even trying
Excuse me Mr, just take a look around
Oh Mr, just look up and you will, you will see it coming now
See coz Mr when you're rattling on heavens gate
By then it's too late
Coz Mr when you get there they don't ask they don't ask
What you saved
All you wanna know, Mr is what you gave

2 de dez. de 2008

Medo de morrer? Que nada?!


Antes de viajar todas nós tínhamos um sentimento ou sensação ou até medo da morte. Talvez seja por isso o motivo da nossa grande excitação e agitação semanas antes da viagem. Era uma sensação de que iríamos morrer ou sofrer ou sumir, ou algo parecido. E ficamos imaginando o que isso poderia significar. Seria o medo de enfrentar a Índia como ela é? Ou o achismo que voltaríamos super mudadas, iluminadas e santas?
Pois então, não morremos, não viramos santas e não enfrentamos nenhum ataque terrorista. ESTAMOS MAIS VIVAS QUE NUNCA!! Mas de certeza alguns apegos, preconceitos, vários pré-conceitos, algumas contradições e aversões morreram e foram devidamente cremadas. As cinzas ainda serão jogadas aos poucos em nosso dia-a-dia "normal" e nas experiências dessa vida que está sempre mudando o tempo todo. "Ups and Downs. Arising and passing away."

Ainda em Mysore...






As Branquelas saem para um típico almoço indiano...
Shiva Prasad Restaurant, Downtown.

Despedidas







Macacos da Índia





26 de nov. de 2008

Glowing in the dark

11:00 da matina, galerinha filosofando no café da manhã depois da prática e derepente Phil, sem dúvida o mais engraçado de todos por aqui me solta essa:
- If you think my arms are white, you should see the skin of my butt cheeks... they are so white it glows in the dark!!!
Traduzindo:
- Se você acha que meus braços são brancos, tem que ver a pele da minha bunda... e tão branca que brilha no escuro!!!

25 de nov. de 2008

Mysore Blues






Ultima pratica no Shala de 2008...

Agua de coco e cafe da manha com os amigos de Mysore...


Muitas saudades ja...

23 de nov. de 2008

Roommate tambem e cultura e diversao



Conhecendo uma figura chamada Lara...
Roomante piradinha cada vez que come uma pimentinha fica High, tipo chapadona mesmo.
Fala pelos cotovelos, carrega binoculo, bussola e guarda chuva na bolsa... e tem suas frases tradicionais:
* Cara ta foda, nao aguento mais merda... agente vai para cachoeira para relaxar e tem merda e indiano fedido por todo lado.
* Fazer uma coisa e uma coisa, fazer 3 coisas ja e outra coisa.
* Hoje estou sentindo que tenho dois metros e meio nos meus 1,68 de altura.
* Quase tive que morder o cachorro antes mesmo de ser atacada e o dono so deu risada.
* Fui para o almoco na casa da Portuguesa, mesmo com a bussola me perdi e ainda cai na valeta.
* Fiquei procurando as vacas e so encontrei bode.
* Eu sei que Mysore e limpinho, mas cara, e bem sujo.
* Depois de tudo, encontrei um curandeiro chamado Shashi que recomendou sessoes de mahamudra - sei la eu o que e isso!
* Tive uma baita crise de resfriado e bronquite, fui parar no hospital e ate que fui bem atendida.
* O que mais gosto na India sao os banheiros, banho de balde e o buraco no chao.
* Adoro tirar catuto do nariz, hoje mesmo tirei 4 e bem pretas.
* Nao aguento mais tomar banho, ta foda!! Fico tao suja que tomo 3 banhos aqui.
* A Flavia Antonia?? Minha amiga baratona que habita no banheiro.


Alem da Lara tambem tem uma figura marcante chamada Marina Xerere, que adora desenterrar umas boas expressoes do tempo dos nossos avos:
* Viram quando os carros se pecharam na esquina??
* Deja Hoje tomamos cafe no Santosha.
* Praticar do lado do Patrick Swayse, dai tu tiras ne...
* Oh, nao estrova nao!!

* Sabe a rua do Shala?? Entao, vira la e deita o cabelo ate o final.

Well... aquela velha historia: cada um com seus probleminhas. Que bom, assim garantimos nossa diversao todos os dias...

20 de nov. de 2008

Mysore - parte II








Depois que as meninas se foram decidi iniciar uma nova fase. Descondicionar algumas coisas que estavam ficando repetitivas e buscar algo diferente.
Regra n 1. Desencanar os lugares ocidentais que frequentávamos;
Regra n 2. Cortar a french toast, ovos com torrada de farinha branca e demais frituras no café da manhã;
Regra n 3. Abrir novas oportunidades de conhecer pessoas, colegas de classe e ouvir o que eles tem a dizer;
Regra n 4. Viver intensamente cada momento como se fosse único, estar presente, abstrair os pensamentos que pulam do passado para o futuro o tempo todo;
Regra n 5. Manter o foco.

Sabe que está valendo a pena...
- Descobri que todas a pessoas do planeta são interessantes de algum ponto de vista. Com algumas nos identificamos mais, outras menos... mas sempre temos oportunidades de aprender coisas novas;
- O café da manhã no Santosha, expresso com leite de soja e muita delicias vegan (sem carne, ovos e derivados de leite);
- O chocolate caseiro do Tiozinho 'lá de cima'... e olha que tem até 70% de cacau;
- Dominic, a super tarologa;
- Om Café, Tina`s breakfast, sobremesa do Ganesha na hora do almoço... super galera curtindo;
- Encontros marcados no Coconut Stand;
- O carinha que vende essencias incríveis num bairro que eu acredito ser islâmico;
- Apple pie na casa dos amigos gringos;

E muito mais... fica de dica para quem vier curtir o Paraiso dos Branquelos...

19 de nov. de 2008

It´s good to be on the road back home again...

Dia de voltar para casa...eba, família, namorado, bicho de estimação, cama confortável, chuveiro quentinho sempre, etc...além disso tudo é dia de conclusões...
O que realmente tudo isso significou em minha vida? Foi somente um risco em minha check list de lugares que eu quero conhecer? Esse país é realmente sagrado? Consegui dar um upgrade na minha espiritualidade? "Só sei que nada sei"
Enquanto isso vou narrando meu caminho back home...
Adeus e fotinhos com a família indiana que me ajudou a entender um pouco mais os indianos em geral (bem pouco na verdade). Mas ainda fiquei sem entender porque ter empregada se a mesa e os copos estão sempre sujos, porque ter emprego se a nossa mãe nunca sai pra trabalhar, porque os sofás da sala estavam sempre em posições diferentes, etc. Normal!! Pra que entender se adorei estar com eles nesses últimos dias de India, não é?! Vou embora adorando os indianos, pela sua simplicidade, inocência (tirando o assunto money) e fé. E apesar de alguns sustos nos trens, me senti sempre segura, talvez mais até que no Brasil, pois eu sabia que um super grito e escândalo iria afastar qualquer indiano espertinho.
Well, dar adeus às amigas companheiras de viagem e de vida foi super emocionante também. Fechamos um ciclo com chave de ouro e mantemos aberto o ciclo da nossa amizade que provavelmente restará por algumas vidas adiante, além de muitas viagens nessa vida, é claro.
Por ter trocado a data da minha passagem, fui informada para estar no aeroporto por volta das 18 hs (para pagar a taxa de troca), sendo que meu vôo era às 3 hs da madruga, ou seja, já seriam 9 horas de espera. Saio de Mysore ao meio dia, pois fui informada que a viagem duraria 5 hs até Bangalore. A viagem durou menos de 4 horas, ou seja, o meu trajeto back home que seria longo ficou mais longo ainda. Horas de espera, horas de treinamento de paciência, pra alguma coisa o Vipassana tinha que servir...sem aversões não me estressei com nada!! Fiquei 7 horas num espaço curto do aero de Bangalore tendo direito a apenas um Coffee Day (franquia de coffee shop), meus livros e meu MP3, e ainda a vida alheia (distração básica em lugares públicos). Mas antes de entrar no aero...
Na India você sempre tem que mostrar seu e-ticket para entrar nos aeroportos, se não paga taxa para entrar. Como já tive que pagá-la uma vez em Jaipur, fui preparada com meu ticket em mãos. Quando mostrei para o guardinha na entrada, como já era de se esperar, ele não entendeu porque eu estava tão cedo no aeroporto. Nem tentei explicar! Ele queria que eu, cheia de malas, esperasse fora do aeroporto (que até tem outros restaurantes) e rindo muito tentei convencê-lo a me deixar entrar. A única condição, porém, era que eu não poderia entrar e sair. "Só na Ìndia mesmo".
Horas de espera necessitam muitas idas ao toilet. Como o check in do meu vôo só abriria às 23hs, tive que ficar com a minha bagagem esse tempo todo e a cada ida ao toilet eu era "ordenada" a deixar meu carrinho do lado de fora pra quem quisesse ver ou tocar. Sempre fazia minhas necessidades correndo, pois fui ensinada a nunca deixar meus pertences desatendidos. Na Índia tudo é diferente. Minhas malas estavam sempre lá me esperando sã e salvas. Não sei se a vibe do país tem relação com isso, mas essa viagem foi simplesmente perfeita! Tudo fluiu sem grandes problemas, mesmo com todos os riscos de vida...quero essa proteção pelo resto da minha vida...
Enfim, só consegui pagar a minha taxa às 23 hs e chegar em casa 2 dias depois sem banho e muito feliz...ou seja, aproximadamente, 4 horas de viagem de carro Mysore-Bangalore + 11 horas de espera em Bangalore + 8 horas de vôo + 14 horas de aeroporto em Frankfurt (onde dormi por várias horas nas cadeiras mais confortáveis que as minhas camas na Índia) + 9 horas de vôo + 8 horas de espera no aero de São Paulo (onde me distrai com palavras cruzadas e uma mulher bebaca tentando embarcar) + 1 de vôo + lar doce lar!!

17 de nov. de 2008

Para descondicionar todos os padroes





Composicao: Tom Ze e Elton Medeiros

Tô bem debaixo pra poder subir
Tô bem de cima pra poder cair
Tô dividindo pra poder sobrar
Desperdiçando pra poder faltar
Devagarinho pra poder caber
Bem de leve pra não perdoar
Tô estudando pra saber ignorar
Eu tô aqui comendo para vomitar
Eu tô te explicando pra te confundir
Tô te confundindo pra te esclarecer
Tô iluminado pra poder cegar
Tô ficando cego pra poder guiar
Suavemente pra poder rasgar
Olho fechado pra te ver melhor
Com alegria pra poder chorar
Desesperado pra ter paciência
Carinhoso pra poder ferir
Lentamente pra não atrasar
Atrás da vida pra poder morrer
Eu tô me despedindo pra poder voltar

15 de nov. de 2008

Rani e seus amigos


Outro dia de cafe da manha, no qual eu acreditava estar sozinha na sala curtindo a Dosa com Chathenei, uma tradicional panqueca com molho, minha favorita... quando de repente uma super ratazana atravessa a sala vindo la da cozinha.
Meu impulso de ocidental foi aquele berrinho basico: Sumati, there is a big rat running around (Sumati, tem um rato correndo por aqui). Com toda calma do mundo ela veio ate a sala e espantada com minha reacao perguntou se no Brasil nao haviam ratos. Respondi que sim, mas nao dentro de casa... ela disse para eu nao me preocupar que ele mora no jardim e logo vai embora :) Well, fazer o que ne!!!

Minha roommate chegou e eu contei o episodio para ela terminando com o comentario: sera que nao e perigoso para a Rani ficar engatinhando nesse piso onde o rato fica desfilando??
A Lara sorriu e disse: Ue, deve ser ne!!!
Minutos depois ouco um gritinho tambem da Lara: a Rani esta engolindo alguma coisa. Todos correram para tirar o que a menina estava colocando na boca... adivinha so o que era... uma mega barata morta cheia de formigas.

Eti, a menina e saudavel mesmo!!!!

14 de nov. de 2008

Max e o andador da Rani




De agora em diante nossas experiencias serao individuais, cada uma seguiu seu caminho... eu continuo sorridente em Mysore, a Eti foi em busca de sombra e agua fresca em Goa e a Marza voltou para os bracos do Maridao :)


Curtindo a solidao do cafe da manha e assistindo ao vivo a familinha, decidi brincar com a Rani, filha da nossa irma mais velha, que alias nao falamos dela ainda por sua extrema simpatia, nunca conseguimos trocar uma ideia com a Prakriti.
A Rani tem 9 meses e e uma crianca super esperta, engatinha por tudo, quase fala, esta sempre com sorriso no rosto e se da bem com todos que aparecem.

Logo que cheguei perto do andador, o cheiro de "sei la o que" me fez dar um passo para traz e desistir da ideia de brincar com a menina. Observando de longe eu conseguia ver a sujeira de arroz, bolo de chocolate, porridge (uma especie de papinha que eles comem no cafe da manha) e outras cositas mas... Ai, meu estomago de ocidental fresca embrulhou na hora e decidi desviar a atencao...

Ouvi um barulho na porta e vi que lentamente ela foi se abrindo e la vinha o Max, o cachorro cego, surdo e com as unhas do ze do caixao - tao grandes e afiadas que o pobre bichinho anda sapateando para nao apoiar as patas no chao.

Com fome e por instinto, o Max se dirigiu a cozinha onde fica seu prato de comida, frustado por encontrar vazio ele saiu farejando tudo em busca de alimento... ao cruzar o andador da Rani, nao deu outra, ele fez a limpeza geral deixando-o brilhando.

Claro que fiquei dando risada com a cena, enquanto o Max lambia tudinho e a Rani se divertia com a presenca do amigo.


"Quem um dia ira dizer que existe razao nas coisas feitas pelo coracao e quem ira dizer que nao existe razao..."

Renato Russo

13 de nov. de 2008

Orelhão na Índia













Todos os dias a todo momento temos que repetir as frases:
- Nossa, olha isso...
- Só na Índia mesmo...
- Não acredito no que estou vendo...
Tem vaca lésbica, orelhão na árvore, abelha da Ásia, arroz no café da manhã, banho de balde, rato no sala de TV, queda de luz a cada 2 horas, meios de transportes esquisitos, coqueiro no meio da cidade, cachorro que come cocô e quer fazer amor ou sexo com as vacas, placa de trânsito ao contrário, sinaleira que ninguém respeita, exploração de branquelos... e claro, muita alegria e diversão tb!!!!

Suborno no Palácio






Estava lendo algumas passagens antigas do meu diário e achei uma notinha falando sobre o Palácio de Mysore, definitivamente o lugar mais lindo e para ser sincera o ponto turístico mais organizado e limpo que estivemos ate agora. Nossa visita foi rápida, mas conseguimos andar e conhecer tudo.
O jardim e incrível, grande e cheio de ostentações... fiquei por alguns segundos observando e imaginando aquele lugar na época em que o Marajá e sua familia moravam lá... sabe os guardas armados, seguranças e aquelas coisas... quando me dei conta estava visualizando Khrisnamacharya dando suas aulas de Yoga, foi quando me dei conta que estava visitando o local onde tudo começou. Adorei mais ainda estar no Palácio naquele momento.
Well, hora de entrar e ver a estrutura por dentro. Caminhando em direção a bilheteria veio um indiano nos avisando que era proibido entrar com máquina fotográfica... enfim, como as coisas na Índia funcionam assim 'de qualquer jeito' decidimos tentar com a máquina na bolsa.
Ingresso na mão e fila para passar na esteira (a única que realmente funcionava), fomos barradas pois os aparelhos apareceram na tela... e lá veio o guardinha: Ok, Madame 5 rupias e você pode entrar com a máquina!! SUBORNO... 5 rupias equilavem a 0,25 centavos, não pude acreditar!!
Tentei argumentar, achando um absurdo e ele me respondeu:
Madame, e para o cafezinho da tarde :)
Cada dia que passa entendo menos esses indianos e vice versa!!

Familinha Indiana