Quem somos

30 de jul. de 2010

Entender que não entendo


Ah, e dizer que isto vai acabar, que por si mesmo não pode durar. Não, ela não está se referindo ao fogo, refere-se ao que sente. O que sente nunca dura, o que sente sempre acaba, e pode nunca mais voltar. Encarniça-se então sobre o momento, come-lhe o fogo, e o fogo doce arde, arde, flameja. Então, ela que sabe que tudo vai acabar, pega a mão livre do homem, e ao prendê-la nas suas, ela doce arde, arde, flameja.


Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.


Clarice Lispector


27 de jul. de 2010

Memória Coletiva



Definitivamente uma maneira muito interessante de ver o mundo ao nosso redor.
No começo achei tudo estranho "o que que eles estão falando?", mas refletindo sobre a conclusão do vídeo acho que faz um certo sentido sim!!

Nas mãos de deus


Há alguns anos conflitada pelos mesmos medos e inseguranças, fui deixando a vida passar meio que em stand by, algo do tipo "there will be an answer, let it be".
De repente me vi prestes a tomar uma decisão sem muita certeza se aquilo que estava fazendo seria mesmo o melhor caminho, calando a voz do coração e me apoiando firmemente nas loucas teorias da minha razão... ainda em dúvida e 'rezando' para que alguma coisa acontecesse para me tirar da ignorância eu assim permaneci em stand by por mais alguns meses e então veio a resposta.
Nada como paciência e perseverança para encontrar as respostas dos nossos conflitos. Algo do tipo, não sabe o que fazer? Segura a onda e espera, mas fica atento... uma hora o caminho clareia.

And when the night is cloudy, there is still a light, that shines on me, shine until tomorrow, let it be.
I wake up to the sound of music, mother Mary comes to me, speaking words of wisdom, let it be.

Let it be, let it be...

The Beatles

22 de jul. de 2010

Visa e Mastercard da iluminação

André Caramuru Aubert

Revista Trip

Guru é uma palavra de origem sânscrita, a junção de "gu", escuridão, com "ru", luz. Ou seja, o guru é aquele que tem a capacidade de conduzir as pessoas da treva (ou ignorância) para a iluminação (ou sabedoria). Com um título desses, ser guru é, ou deveria ser, tarefa de enorme responsabilidade. Mas, é chato admitir, os nossos tempos avacalharam um pouco a profissão. Hoje confunde-se celebridade com sabedoria, e, se você coloca uma câmera, ou um microfone, na cara de alguém, esse alguém se sente imediatamente autorizado a distribuir pitacos de sabedoria, sobre os mais variados temas, a qualquer um que esteja ouvindo. O ponto culminante da idiotia com alto-falante é, salvo melhor sugestão, o BBB, cujos mais afortunados participantes recebem, para sempre, o status de "voz ativa", e até pelas Páginas Negras desta veneranda revista já andaram passando.

Mas nem tudo é culpa deste nosso século de Caras. Alguns gurus do passado tiveram sua parcela de responsabilidade na desvalorização da profissão, especialmente os Rajneesh e Oshos da vida, que descobriram o ouro na Califórnia e criaram verdadeiros impérios "são bem-vindos Visa e Mastercard" da iluminação. O Vaticano não fica atrás. Já há algum tempo envia pensamentos via celular a seus fiéis assinantes, usando as abençoadas ondas eletromagnéticas do SMS, enquanto encobre a pedofilia no mundo real. Sites de relacionamento, blogs & cia. também têm ajudado a democratizar o esclarecimento alheio, com a vantagem de que, se acertar o tom no seu Twitter, até você pode se tornar um guru e, a partir de certo número de seguidores, começará a se sentir tão importante que mesmo você passará a acreditar no que diz.

BLOG DE JESUS

O tempora o mores (ó tempos, ó costumes), diziam os romanos. Fazer o quê? É onde vivemos, neste mundo em que a rebel music de Bob Marley embala nossas compras no supermercado. Dá para saber o que teria feito Che Guevara com o Twitter? Perseguido nas florestas da Bolívia, teria enviado mensagens duras, mas ternas, a milhões de seguidores mundo afora? Ou Jesus Cristo, com um blog? Será que Ele diria (em aramaico?) que o mundo não tem mesmo saída, mas que a entrada você pode parcelar sem juros no cartão?

No fim das contas, acho que o pior não é que os gurus tenham piorado de qualidade, é que eles perderam a sinceridade. Em vez do Iluminismo, o Cinismo. Você pode até achar graça da singeleza de Raul Seixas, que, apesar de trágico, ingênuo e um pouco confuso, era um autêntico candidato a guru. Mas o que dizer de seu ex-parceiro Paulo Coelho? Sem mais perguntas, meritíssimo... O mundo da política não está nem um pouco melhor, com todo mundo lutando para parecer, muito mais do que ser, e onde as sólidas convicções do passado passaram a ter a flexibilidade de um contorcionista do circo de Pequim.

Mas, apesar do falso brilho das celebridades, o fato é que gurus de verdade ainda existem e provavelmente vão existir sempre. Uma das traduções da palavra "guru" é "professor". Um bom professor, que ganha mal e não aparece na mídia, pode ser o maior dos gurus. Eu mesmo tive os meus. Assim como podem ser gurus seus pais ou avós, ou filhos, ou amigos, ou cineastas, ou autores (não estou falando de livros de autoajuda)... Pessoas que podem auxiliá-lo a se formar, a construir seu caminho, a buscar sua luz própria. Que podem auxiliá-lo, enfim, a atingir seu mais verdadeiro sonho, que é, confesse, arrumar uma vaga no próximo BBB. E se tornar, assim, um invejado guru de nossos tempos.

18 de jul. de 2010

Wide World to Gain


Nothing but the whole wide world to gain
nothing, nothing
Got nothing but the whole wide world to gain
nothing, nothing
Got nothing but the whole wide, whole wide world to gain

I'm here on the blacktop
The sun in my eyes
Women and country on my mind
Bolting me out
Over the borderline

Now there's no more love loss and no more shame
No more digging holes or graves
Nothing to lose but rivets and chains
Got nothing but the whole wide world to gain

Was born in a stable and built like an ox
Down in the pastures I learned how to walk
Mama, she raised me to sing and just let 'em talk
Said no rich man's worth his weight in dust
Bury him down same as they'll do us
God wants us busy, never giving up
He wants nothing but the whole wide world for us

We ain't got no money, can't get no love
Never was too good at either of 'em
I'm here for adventure whichever way it comes
But what good is an angel that won't catch up
Free falling now and I'm ready enough
I give my tears and I give my blood
I give nothing but the whole wide world for one

Jakob Dylan

Este louco coração

Rifa-se um coração
Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um
pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia
estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...".
Um idealista...Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a
esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando
relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer
sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome
de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional
que abre sorrisos tão largos que quase dá
pra engolir as orelhas, mas que
também arranca lágrimas
e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado
por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para
quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem
passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras
e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer
para São Pedro na hora da prestação de contas:
"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e,
se recusa a envelhecer"
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por
outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate
tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda
não foi adotado, provavelmente, por se recusar
a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio,
sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence
seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a petulância de se aventurar como poeta.

Clarice Lispector

Saudade Profunda II

Estava organizando minha bagunça e encontrei nossas fotos da Índia... nem parei para ver todas, mas essa me fez dar muita risada.
Blogmate, rock'n roll no Taj Mahal, é isso mesmo?!?
Carinhas de baby né!! Passou pouco tempo desde que fomos para a 'Terrinha'... mas vivemos tanto e tão intenso de lá pra cá que a expressão mudou mesmo. Quanta coisa.
Saudades de você Amiga.. saudades profundas da Índia..

Saudade Profunda


"Saudade é um pouco como fome.

Só passa quando se come a presença.

Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida".

Clarice Lispector (sempre Ela)


Tudo começou quando o namorado ficou doente e alguns dias depois, quando achei que ele 'estava de volta', um acidente no mar. Saiu com a boca parecendo uma rosa vermelha desabrochando e claro, direto para o hospital, foi embora da sala de emergência com tantos pontos que os beijos na boca de balada ficariam suspensos por pelo menos 7 dias.. Ai!

Bom, quando os pontos começaram a cair veio um curso importante...

Ufa, ainda bem que acabou!! Mesmo estando presente em todos esses momentos, estou morrendo de saudades... me fez pensar na minha viagem para Índia, tão distante... fiquei observando como as pessoas sentem forte lá dentro e entendi o que Ela, sempre Ela Clarice, quis dizer quando definiu a saudade como um dos sentimentos mais urgentes que existe.


Namorado, que bom que você está de volta!!!

15 de jul. de 2010

Sabe o que eu quero de verdade?


"E foi tão corpo que foi puro espírito".
A loucura é vizinha da mais cruel sensatez.
Engulo a loucura porque ela me alucina calmamente.
"Bem atrás do pensamento tenho um fundo musical"
"Escuta: Eu te deixo ser, deixa-me ser então"

"Sabe o que eu quero de verdade?!
Jamais perder a sensibilidade,
mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma.
Porque sem ela não poderia sentir a mim mesma..."

Clarice Lispector

14 de jul. de 2010

Ou Isso ou Aquilo

Por Yuri Vasconcelos

Você já passou pela sensação de se sentir desorientado, perdido, sem saber o que quer da vida? Já viveu a angustiante situação de estar diante de uma escolha e não saber o que fazer? E aquele arrependimento depois de ter feito uma opção? Tomar decisões é difícil, todo mundo sabe. Mas o curioso é que nossos problemas começam muito antes do momento de decidir. Afinal, para fazer uma escolha, precisamos saber o que queremos. E a maioria de nós não sabe dizer o que deseja. Grosso modo, até sabemos que queremos ser felizes, mas não temos uma idéia muito clara de como chegar lá.

Se você tem a sensação de que o mundo está complexo demais para saber o que quer em meio a tanta informação, acertou. É isso mesmo. Atualmente há tantas opções à nossa disposição, que é como se vivêssemos de encruzilhada em encruzilhada, tendo que escolher o tempo todo entre vários caminhos: filhos ou profissão, advocacia ou gastronomia, cidade ou campo, remédio ou homeopatia, sorvete com calda ou iogurte desnatado? No lugar de facilitar as escolhas, essa diversidade de possibilidades, caminhos e modelos acaba dificultando e imobilizando as pessoas.

É claro que é bom ter opção. Sua avó, leitor, provavelmente não teve outra escolha a não ser casar, viver para a família e ter filhos. Hoje, muitas mulheres achariam essa vida um suplício, e é bom que elas tenham outras possibilidades. Mas não dá para negar que essa multiplicidade de caminhos causa ansiedade e, em algumas pessoas, provoca uma angústia paralisante.

O primeiro passo para descobrirmos o que queremos é entendermos que todo ser humano carrega dentro de si um conflito de interesses, uma verdadeira guerra de desejos. De um lado desse combate estão as coisas que você quer mesmo, seus desejos verdadeiros, aqueles que, quando satisfeitos, levam a um estado de espírito conhecido por felicidade. Do outro, estão as coisas que os outros querem para você. Sim, os outros. Muitas vezes queremos e escolhemos algo não porque aquilo está de acordo com o que realmente desejamos, mas por influência de nossos amigos, parentes ou do grupo do qual fazemos parte...

A sociedade também impõe seus quereres, tentando nos enquadrar no estilo de vida que ela (ou seu grupo mais influente) acha que é melhor. Se você parar um minuto para ouvir seu coração, talvez conclua que não quer, de verdade, ser competitivo, vitorioso, bem-sucedido, magro e sarado. No entanto, todo dia você se esfalfa no trabalho para juntar uma grana e poder comprar a roupa da moda, decorar a casa ou botar um carrão na garagem. E no tempo que sobra corre para a academia para queimar as gordurinhas. Pois é. Vivemos numa sociedade capitalista. Aqui é assim...


Bem, mas já que vivemos no capitalismo e não na selva amazônica, vale a pena entender melhor o que andam nos empurrando por aqui. Nas pequenas comunidades, onde todo mundo sabe quem é quem e o que cada um faz e pensa, as pessoas se reconhecem e se aceitam pelo que são. Mas nas grandes cidades, onde se vive cada vez mais isolado e menos íntimo dos outros, isso é impossível. Assim, informamos ao mundo quem somos pelo que possuímos. "Já não somos nós, como pessoa, o foco de identidade, mas as coisas que exibimos: as roupas, o carro, os lugares que freqüentamos, etc. Com isso, toda a referência de reconhecimento e de encontrar nossos pares é dada pela exterioridade do sujeito", diz Lia, da Associação Palas Athena. Isso explica o comportamento do sujeito que gasta o dinheiro que não tem para comprar uma roupa de grife. Quando se deixam levar por esses quereres, as pessoas perdem contato com seus desejos mais íntimos, ou seja, consigo mesmas.

Mas ninguém está dizendo que é errado ganhar dinheiro, ter um bom emprego, um carro novo e uma casa confortável. Tudo isso é saudável. "A questão primordial é não vincular nossa felicidade aos desejos materiais. Podemos ser felizes com ou sem eles...


Seja qual for a origem dos desejos autênticos, o caminho para conhecê-los é um só: autoconhecimento. Afinal, se não nos conhecermos, como podemos saber o que é mais importante para nós mesmos? Como uma boa junguiana, a terapeuta Denise Ramos dá uma explicação holística e poética para descobrirmos o que queremos. "O verdadeiro querer", diz ela, "está associado às realizações pessoais, à expansão do próprio ser e ao desenvolvimento de todo nosso potencial. É isso que leva à felicidade. Ela, a felicidade, não está nos quereres ilusórios, condicionados ou artificiais, mas no contato consigo mesmo. É nesse contato que descobrimos o que nos torna feliz." Bonito, né?


O processo de autoconhecimento não tem fim. Começa ao nascer e termina com a morte. "Aquilo que está dentro de nós, que deseja algo para nós, está sempre em transformação. Se ouvirmos nossa voz interior, vamos seguir o caminho do centro, da totalidade, da criatividade, do fazer pela humanidade", diz Denise. Mas, atenção: não há regras nem receitas mágicas para se conhecer e identificar as próprias vontades. É um processo contínuo e custoso, que exige muita determinação, coragem e perseverança...

Às vezes, só dá para saber o que se quer experimentando, mesmo.


...Contraditoriamente, saber o que se quer não é suficiente para que alguém viva de acordo com os próprios desejos. E o culpado disso é o medo, o medo de abrir mão das opções. Enquanto não escolhemos, todas as opções ficam à disposição. Por outro lado, não podemos usufruir nenhuma delas.

É um fato da vida: toda decisão implica perdas. Afinal, escolher uma coisa significa abrir mão das outras, pelo menos naquele instante. "E a escolha nos angustia porque temos receio de escolher errado e perder a oportunidade de escolher bem".


Revista Vida Simples

12 de jul. de 2010

13 de julho, Dia Mundial do Rock









It's only Rock'n Roll
but I like it
Yes, I do!!!!

(Rolling Stones)

Believe it or not





Essas pinturas estão espalhadas pela Lagoa da Conceição, quem diria Floripa ficando 'cool'. Gostaria de mencionar os artistas, mas não sei nomes e nem os conheço... de qualquer maneira parabéns pelo trabalho e obrigada por expressar arte pelas ruas da Ilha.

Aprendiz de feiticeiro

"Não deveríamos nunca esquecer
a escada que nos permitiu subir tão alto"

Hoje, depois da aula tive que retirar os meus quadros da parede do Shala onde trabalho, apenas por prevenção, já que nem todos os que se consideram super mestres respeitam os mestres dos outros. Este ano preferi tirar para não magoar.
Com um discurso cheio de Jesus Cristo, Khrisna, Irmão - somos todos iguais, ele tira a fotografia do meu Mestre da parede e coloca de outro.
E no fim.. tudo bem!!
Afinal de contas, somos todos seres humanos imperfeitos - meros aprendizes no caminho do Yoga, cada um no seu processo, vivendo aquilo que veio aqui para viver.

Ufa, desabafei!!!

11 de jul. de 2010

Viva!!

Tenho este texto do Chaplin arquivado no meu computador há muito tempo, nunca quis postá-lo e nem sei ao certo o motivo, talvez por querer evitar assuntos repetitivos no blog... mas, não resisti. Afinal são pouquíssimas as pessoas que realmente vivem, a maioria parece apenas fazer aquilo que, 'perante a regra social', é uma obrigação de todos e ao longo do percurso esquece de viver!


"Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
"quebrei a cara muitas vezes".

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi, e ainda vivo
Não passo pela vida…
E você também não deveria passar.

Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é "muito" pra ser insignificante.

Charles Chaplin

9 de jul. de 2010

strong heart - weak head


I heard this old story before
Where the people keep on killing for their metaphors
But don't leave much up to the imagination
So I want to give this imagery back
But I know it just ain't so easy like that
So I turn the page and read the story
again and again and again
It sure seems the same with a different name

We're breaking and rebuilding
and we're growing, always guessing

Never knowing
We're shocking but we're nothing
We're just moments, we're clever but we're clueless
We're just human, amusing but confusing
We're trying, but where is this all leading?
We'll never know

It all happened so much faster than you can say disaster
Want to take a time-lapse and look at it backwards
Find the last word and maybe
that's just the answer that we're after
But after all we're just a bubble in a boiling pot
Just one breath in a chain of thought
We're moments just combusting
We feel certain but we'll never, never know
It sure seems the same, give it a different name

We're begging and we're needing,
and we're trying, and we're breathing

Knock, knock, coming door to door
To tell you that their metaphor is better than yours
And you can either sink or swim
and things are looking pretty grim
If you don't believe in what they're spoon-feeding
It's got no feeling so I read
it again and again and again

It sure seems the same, so many different names

Our hearts are strong,
our heads are weak,
we'll always be competing

6 de jul. de 2010

Nem mesmo nós somos como gostaríamos de ser...


A vida não é feita de expectativas, é feita de escolhas!
Expectativas são esperas ansiosas e produzem um efeito danoso em nossas vidas quando excedem os padrões da realidade.
É da natureza humana gerar expectativas com relação às coisas, o problema é que nossa imaginação é muito fértil e nossos desejos excedem nossa compreensão da realidade. Nestas condições criamos expectativas com pouca ou nenhuma chance de acontecerem e caminhamos rumo à decepção e a frustração.
Achamos que os outros nos decepcionam quando, na verdade, na maioria das vezes fomos nós quem criamos expectativas irreais sobre eles e suas atitudes...

Quanto maiores forem as suas expectativas diante de qualquer situação na vida, maiores serão suas chances de se decepcionar. Quando não estamos esperando nada, achamos tudo o que acontece maravilhoso. Quando esperamos pouco, o que acontece facilmente atende ou supera as nossas expectativas, mas quando esperamos muito...

Esperar muito é depositar nas mãos de outras pessoas e acontecimentos a responsabilidade de fazer seus desejos acontecerem. É uma perigosa ilusão.
Procure dividir os aspectos de sua vida em dois grandes grupos: as coisas que você espera que aconteçam e depende determinantemente de você e as coisas que você espera que aconteça, mas dependem muito mais de outras pessoas e acontecimentos que da sua ação.

Utilize a sabedoria para não gerar expectativas muito elevadas para as coisas que não dependem diretamente de você e de suas atitudes. Elas dependem de outras pessoas que não pensam como você pensa, não agirão como você agiria e não sentem as coisas exatamente como você sente.

Concentre-se em alterar as coisas que você pode e em buscar compreender as que estão nas mãos dos outros.

Deixar a vida ser dirigida por nossas expectativas é como dirigir em alta velocidade de olhos vendados. Abra os olhos da razão, use o coração para amar a vida e as pessoas e a razão para conhecê-las, compreendê-las e aceitá-las.

Nem a vida nem as pessoas são como nós gostaríamos que fossem, são como são. Nem mesmo nós somos como gostaríamos de ser...

Um alerta importante: Antes de tentar se tornar quem você gostaria de ser, observe se suas expectativas com relação a si mesmo não estão equivocadas, talvez você esteja melhor assim...

A vida é feita de escolhas, mas é impactada por nossas expectativas.

Não sei a fonte deste texto, recebi por email. Achei algumas partes muito interessantes e assim como tomei a liberdade de publicar aqui, cortei alguns fragmentos do texto.