Quem somos

16 de nov. de 2010

Mongólia


Estou lendo um livro, cujo nome e cenário é a Mongólia.
Uma história basicamente simples, mas tão cheia de detalhes profundos... que posso relacionar um pouco da minha rispidez ao envolvimento com o livro.
Enquanto aqui estou eu, reclamando que o vento está forte e não dá para ir à praia. Os nômades mongóis fogem com suas famílias, casas, animais e trabalhos como loucos da ventania, oras de areia do deserto, oras de neve no auge do inverno.
Enquanto eu acho que o mundo vai desabar por que meu hidratante facial da Anna Pegova acabou e não posso comprar outro, pois estou economizando para bancar minhas 'férias' na Bahia. Os nômades mongóis aparentam, na grande maioria, anos mais velhos com a pele queimada pelo clima e qualidade de vida da região.
Enquanto acho um saco parar no posto para trocar o óleo do meu super carrinho que atravessa as estradas 'precárias' porém sinalizadas do país. Os nômades mongóis atravessam o deserto de areia, pedra e estepe sem ao menos uma trilha pilotando os jipes barulhentos, velhos e desconfortáveis.

E por fim, enquanto eu choramingo e agradeço a vida feliz que eu tenho... sigo curiosa para saber o final do livro e reproduzo algumas partes interessantes que sublinhei no momento que lia.

"é preciso ser ignorante pra falar. Quem conhece não precisa sair falando a procura de quem o contrarie".
"Dakini, divindade feminina de aparência demoniaca que representa a força necessária para dominar os desejos, as paixões e as ilusões.. são meios de comunicação entre o indivíduo e a sabedoria divina. São também meios de sublimação das paixões humanas".
Estou certa que pela descrição de uma dessas divindades, Bernardo Carvalho, o escritor, estava se referindo a Kali.
"O bem e o mal não passam de criação da mente dos homens".
"Praticar o bem por meio da caridade e da filantropia também só serve para inflar o ego".
"Não há noção de liberdade artística... a igreja não permite que a arte se manifeste fora dos seus muros. Ela reduz o leigo à mera sobrevivência e o submete à crença como exercício espiritual".

Dark? Pode ser. Realista? É. Me fez pensar.. pensar.. pensar.

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