Quem somos

30 de nov. de 2010

Concurso Fotográfico

Curte lá ; )

http://wildfireapp.com/website/6/contests/76742/voteable_entries/11860827?ogn=website&order=recency


26 de nov. de 2010

Carlos Burlando...

"O medo faz parte da vida"

"Cada um tenta, da sua maneira, se impor. É vital isso pro ser humano"

"Você sabe o que é droga? Droga é qualquer coisa que domine você. Você pode fazer tudo, mas nada pode te dominar"

"Louco é quem não vive, que não tem coragem de se enxergar"

25 de nov. de 2010

"Tudo da vida é um país estrangeiro"

Marza Tozo
Ocean Beach, San Francisco 2009

Neste exato momento tenho a sensação esquisita por estar realizando mais um passo para conquistar o que sempre quis, o tal do sonho. Esquisita e bipolar, pois na verdade deveria estar apenas dando pulos de alegria, nada mais. Mas não, lá estão sentimentos ansiosos e introspectivos e muitos pontos de interrogação. "Ofereça a eles aquilo que mais desejam secretamente; é claro que entrarão em pânico imediatamente". Portanto, senta que lá vem o processo. Tento analisar a situação como um simples: Óssos do ofício! Afinal toda profissão tem seus prós e contras mesmo. Modelos e atrizes ouvem muitos nãos antes do papel de protagonista e a primeira capa de revista, bailarinas tem pés horríveis, professores de ashtanga acordam muito cedo, e viajantes de alma se despedem e se desprendem por muito tempo.

Por mais que tudo esteja claro, na ordem, fluindo, e agradeço a todos os envolvidos direta e indiretamente, essa mente cheia de autoridades me confunde toda. Sempre nos meses que antecedem uma viagem e nos meses quando volto para casa depois de outra viagem, o bixo pega. Detalhe que nesse momento tenho que arcar com a volta e a nova ida ao mesmo tempo. São meses de conflitos borbulhantes. Sinto que "não tenho nada para oferecer a ninguém, exceto minha própria confusão". Enfim, ocorre sempre muita ressaca emocional, afinal mudar de vida drasticamente de um vôo para outro não é nada fácil, porém viciante. Adaptações e readaptações, despedidas e reencontros viram minha rotina. Também pudera, fui criada para seguir outros caminhos mais 'calmos e concretos'. Daí me pergunto porque eu não poderia me contentar apenas com os pacotes turísticos de 7 dias, dentro de um ônibus de passeio, em hotel 4 estrelas, conhecendo igrejas e monumentos famosos? Não, tem que ir lá pra 'passar' pelo menos 40 dias, nem sempre reservar hotel, só porque chegar na Índia a meia noite sem lugar pra ficar é mais emocionante, por exemplo, procurar emprego, subemprego e quarto para alugar, se envolver profundamente com as pessoas como se realmente fosse o último dia de nossas vidas, andar no 'backstage' dos pontos turísticos e dar informações para os turistas, ficar atrás da camera em busca dos mínimos detalhes que não aparecem nas revistas da agência de viagens, enfim....decidi há muito tempo atrás ser uma viajante de alma, "que vai além dos fatos e das paredes, além das ruínas e dos entalhes, das pessoas e dos percalços." (Ronny Hein) Ah sim chavão querido - qualidade é bem melhor que quantidade. E cá estou...lidando com as contradições da entressafra de partidas e chegadas, com os olhares da sociedade que ora me olham atravessado:
- Vai viajar de novo?
Ora me chamam de corajosa e soltam:
- Isso mesmo, aproveita a vida.
- Por que? Você não aproveita a sua? - é o que penso. Apenas fizemos escolhas diferentes...
Os prós prefiro comentar durante as viagens, apesar que a última foi tão intensa que não conseguia nem escrever, mas os contras soam mais ou menos assim: construo apenas meu presente, minha vida amorosa fica tão confusa quanto eu, minha credibilidade em seguir os projetos caem drasticamente, enfrento diferentes tipos de solidão, outros planos são adiados, perco o meu 'pertencer a algum lugar', tenho sintomas de paixão...por uma cidade e minha mãe sempre insiste - depois dessa você sossega né?
De qualquer maneira cá estou eu a devorar mais um guia desses: Europe on a budget. O interessante é que meu budget me permite pouco, mas tenho certeza de querer muito. Passagem com validade de um ano e bagagem para quatro estações. Espero tudo e ao mesmo tempo nada. Se por um acaso, o acaso me impedir de seguir "(...) não importa, a estrada é a vida" mesmo. Assim...

Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo
Cores!
(...)
Eu ando pelo mundo
Divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome
Nos meninos que têm fome...
(...)
Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm
Para quê?
As crianças correm
Para onde?
Transito entre dois lados
De um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo
Me mostro
Eu canto para quem?
(...)
Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado...
(Adriana Calcanhoto)

É, eu ainda "queimo, queimo, queimo" nesta direção e agradeço a oportunidade de dançar esta música.

Obs: todas citações que não menciono o autor são de Jack Kerouac, inclusive o título.

22 de nov. de 2010

Vale uma olhada



Vale investir um tempo contemplando essas fotografias. Cada vez que vejo percebo algo diferente e muito especial em todas elas... impossível escolher uma. National Geographic Contest:
http://www.boston.com/bigpicture/2010/11/national_geographics_photograp.html

17 de nov. de 2010

Rock'n roll na Bahia


Quando finalmente assumimos nossa identidade de viajantes, há pouco mais de dois anos atrás, criamos o blog para registrar nossa super primeira jornada para Europa e Índia.
A princípio, o blog teria duração enquanto a viagem durasse.. mas o plano mudou seu rumo e decidimos continuar escrevendo, e claro, viajando.
Voltamos dessa trip mais seguras e conflitadas do que nunca... dali em diante todos os dias seriam intensos, todos os momentos seriam importantes e todos os motivos se tornariam novos destinos.
Fomos juntas para San Francisco duas vezes, mas na última voltamos separadas... alías SF foi onde tudo começou - há 10 anos atrás. Agora, depois de uma breve jornada no Brasil, lá vamos nós juntinhas viver uma "nova temporada" na BAHIA!!
Bahia por que tem sol, praia, ashtanga e outras coisitas mais..
De lá, alguns dias em casa e então seguimos rumos diferentes, ironicamente uma vai sozinha para Europa e outra para India, exatamente no ponto onde recomeçamos, porém, agora com metas diferentes, vamos em busca de 'prazeres mais profundos'.

Om namah Shivaya

16 de nov. de 2010

O bom de namorar surfista...


... é ter certeza de que estarei sempre perto do mar!





Pipeline, North Shore de Oahu, Hawaii.

E para animar esse Blog





Amigos lindos do coração.. amei a balada no Querubim. Uma (s) cervejinha (s) e boa companhia sempre fazem muito bem. Faltou foto minha, do Bruno Carlos e do meu pai... mas não resisti a essas sequências super fotogênicamente espontâneas.
Tão bom ter vocês por perto..

Mongólia


Estou lendo um livro, cujo nome e cenário é a Mongólia.
Uma história basicamente simples, mas tão cheia de detalhes profundos... que posso relacionar um pouco da minha rispidez ao envolvimento com o livro.
Enquanto aqui estou eu, reclamando que o vento está forte e não dá para ir à praia. Os nômades mongóis fogem com suas famílias, casas, animais e trabalhos como loucos da ventania, oras de areia do deserto, oras de neve no auge do inverno.
Enquanto eu acho que o mundo vai desabar por que meu hidratante facial da Anna Pegova acabou e não posso comprar outro, pois estou economizando para bancar minhas 'férias' na Bahia. Os nômades mongóis aparentam, na grande maioria, anos mais velhos com a pele queimada pelo clima e qualidade de vida da região.
Enquanto acho um saco parar no posto para trocar o óleo do meu super carrinho que atravessa as estradas 'precárias' porém sinalizadas do país. Os nômades mongóis atravessam o deserto de areia, pedra e estepe sem ao menos uma trilha pilotando os jipes barulhentos, velhos e desconfortáveis.

E por fim, enquanto eu choramingo e agradeço a vida feliz que eu tenho... sigo curiosa para saber o final do livro e reproduzo algumas partes interessantes que sublinhei no momento que lia.

"é preciso ser ignorante pra falar. Quem conhece não precisa sair falando a procura de quem o contrarie".
"Dakini, divindade feminina de aparência demoniaca que representa a força necessária para dominar os desejos, as paixões e as ilusões.. são meios de comunicação entre o indivíduo e a sabedoria divina. São também meios de sublimação das paixões humanas".
Estou certa que pela descrição de uma dessas divindades, Bernardo Carvalho, o escritor, estava se referindo a Kali.
"O bem e o mal não passam de criação da mente dos homens".
"Praticar o bem por meio da caridade e da filantropia também só serve para inflar o ego".
"Não há noção de liberdade artística... a igreja não permite que a arte se manifeste fora dos seus muros. Ela reduz o leigo à mera sobrevivência e o submete à crença como exercício espiritual".

Dark? Pode ser. Realista? É. Me fez pensar.. pensar.. pensar.

A mesma, mas diferente


O namorado diz que ando ríspida últimamente.. a família acha que estou séria demais, alguns amigos me chamam de cricri... e no fundo acho que eles querem mesmo é me chamar de grossa, chata talvez.

Eu por dentro estou bem, agora tranquila e aceitando as coisas como elas são... eu por fora já não sei ao certo. Me sinto na defensiva "mas informação não, por favor". Sigo tentando entender porque estou repetindo tudo de novo de uma maneira diferente... e não consigo ver nenhuma outra alternativa para compreender senão mergulhar, ou melhor, embarcar.

Preciso ser mais clara... na última viagem que fiz, voltei toda atrasada para o evento do Manju. Cheguei e fiquei chocada quando vi que tudo parecia estar desmoronando e eu lá achando que estava bem.
Resultado: TRAUMATIZEI.
Hoje, pelo lado que a vida está me conduzindo, percebo que deixei alguma coisa para trás, alguma lição eu deixei de aprender, algo se perdeu no caminho sem que eu pudesse entender.
Voi lá... o universo me trouxe de volta... um novo contexto dentro do mesmo processo.
Aqui estou eu, enlouquecida em busca de alguém para substituir minhas aulas - com medo do que vou encontrar quando voltar. Com o mesmo evento agendado e cagada de medo de ficar tão atrapalhada como fiquei no anterior - exatamente um mês entre a minha chegada e a data do evento.

Tudo fluiu perfeitamente bem e na ordem no passado e sei que vai ficar tudo bem no futuro...
Não sei ao certo a relação que isso tem com a maneira como eu venho agindo nos últimos tempos, mas juro, nada é por mal.. nada é nada.. apenas estou assim... observando demais, percebendo o caminhão de contradições que me cercam por dentro e por fora, e por isso, acho que estou me protegendo.
Sei lá.. vai saber..

12 de nov. de 2010

Interesting

We All Want to Be Young (leg) from box1824 on Vimeo.

e pra variar...


Cada um sabe a dor e a delicia de ser o que é.


E eu continuo assim...
Cotando passagem para India, pensando em não ir e me perguntando por que não iria.
Não ir pelas aulas, pelo namorado, pelo verão e pela delícia de ser quem eu sou. Embarcar nessa jornada pela descoberta, pelos ensinamentos e pela dor da saudade e da reconstrução que me mostraram a verdadeira delicia de ser o que se é... sempre!

11 de nov. de 2010

problema e mistério


A realidade do ser humano é um misterio a ser vivido,
e não um problema a ser resolvido.
E lembre-se da distinção entre problema e misterio:
o misterio é existencial, o problema é mental, intelectual.


Procurando me distrair, fui dar uma voltinha pelo twitter e encontrei essas incríveis palavras do viajante Arthur Verissimo. Boa resposta para quem acha que nesse momento está com problemas, obviamente mentais, pois a vida segue bela, clara e misteriosa.

Me perdi e sai do plano original


Junto com a sensação de que devo fazer uma postagem para registrar TUDO isso, assumo que não estou conseguindo. Ontem, quando resolvi escrever para uma amiga que há semanas vem curiosamente me perguntando como está a vida, percebi que tanto a mensagem como uma possível postagem justificariam tudo e poderiam, por que não?! ser a mesma.

Amiga... agora que me dei conta que nunca te respondi... acho que ando mais louca do que nunca.
Coloquei informação demais pra dentro e tá foda de digerir, esqueci que o bom mesmo é viver a day at a time e me dei mal. But, let's go back para o plano original "viver uma coisa de cada vez".

Vou te contar:
Com essa vinda do mário em janeiro pra cá, eu decidi ficar tranquila e tirar apenas 2 semanas de férias em fevereiro e ir para trancoso com o Matthew.
Que ótima ideia né!! (ironicamente falando).
Com algumas coisas bem instáveis e confusas com os planos de abrir o shala, decidi colocar o plano de construção em stand by e começar a criar uma identidade para o Ashtanga em floripa independente do meu nome.
Procurei uma empresa e estou fazendo uma logo e um site... com isso, mário + trancoso + mais site + aulas regulares + prática + vida social eu ja estava bem atolada de coisas para fazer... quando... recebi um email do Andres.
Ele é o máximo e eu quero muito estudar chantings com ele, cada vez mais apaixonada pelos cantos.
A hst veio da seguinte maneira: vc quer vir para India no meu grupo em fevereiro? vamos fazer intensivo de ashtanga plus chantings. E ainda, podemos confirmar Manjuji para 2011 - workshop e curso de aprofundamento?
FIQUEI LOUCA!!!!
Como estava sem grana completamente para essa empreitada, joguei tudo pro universo e deixei ele decidir por mim... e não é que ele só facilitou a minha ida?!
Agora eu estou nessa... trabalhando para arredontar tudo isso da melhor maneira possível... tentando fazer uma coisa de cada vez.
Ainda não consegui comprar a passagem.. tô sem coragem.. ainda não encontrei alguém pra me substituir, mas tb nem tô procurando... e enfim, deixa rolar...

É isso amiga.. beijos beijos e enfim, até breve.

É isso querido Blog, enquanto decido como resolver tudo isso por dentro e por fora, deixo você de lado. Pretendo logo estar de volta, prometo.

6 de nov. de 2010

"Que minha loucura seja perdoada"...

...foi o que chamou meus olhos pela segunda vez para aquela parede, naquela rua, nesta cidade, naquele momento...e em menos de um segundo de Google, descobri minha nova oração...do momento..."Porque metade de mim é amor e a outra metade também"...

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
(Oswaldo Montenegro)

5 de nov. de 2010

Viver

Marza Tozo
Miami, 2010


"Sentir, confundir, enlevar-se, se apegar, se apaixonar, se entregar, se deixar atrair, desejar, amar, obcecar...depois disso, racionalizar, se desapegar, se afastar, se surpreender, se culpabilizar ou não se reconhecer em tudo o que viveu e deixou acontecer...é humano, é físico, psíquico e químico. Grande bobagem, tola fuga seria nada (...) viver para não morrer." (Cibele Fabichak)


I'm a weirdo

Blogmate, blogmate...fico às vezes impressionada com a nossa inversão de posições nessa vida...nossos equílibrios desequilibrados são opostamente proporcionais nesse momento. Um dia eu fui a tiazinha e hoje sou boemia, vc foi boemia e hoje tiazinha e um dia fomos juntas para a boemia discutir a vida de tiazinha...nada mais confortante que aceitar, não é mesmo...o que somos naquele exato momento...com toda liberdade do mundo, incluindo a de errar...
Confesso que estou num momento 'weird' e aceito-o...estou num desequilíbrio profundo, em um caos controlado, como disse nossa amiga Deborá...Certamente em busca do equilíbrio confortante e do desapego daquilo que foi...Quero me entregar e estou pronta para morrer para continuar vivendo...esse também foi o meu insight da baladinha de ontem...obrigada por compartilhar esses momentos!


4 de nov. de 2010

se encontrando... se perdendo


Já faz algum tempo que li pela primeira vez essa frase e sigo repetindo "para se equilibrar é preciso estar desequilibrado".
Sim, faz muito sentido... logo que reconhecemos algum desequilíbrio buscamos imediatamente o balanço ideal para colocar tudo no eixo e seguir adiante. Porém, quando tudo parece equilibradamente no lugar, percebemos outro desequilíbrio. E assim a vida segue como se estivessemos na corda bamba o tempo todo.

Acho que muitas das vezes que nos sentimos perdidos, tem relação com as mudanças que sofremos constantemente "always changing". A gente muda e fica aquela sensação de algo desconhecido e ficamos naquela luta de entender e desapegar daquilo que era e se entregar e conhecer aquilo que é.. e que daqui a pouco não será mais. Confuso tudo isso, será?!!

De qualquer maneira devo assumir essa fase tiazinha de ser... chega de tentar lutar contra aquilo que meu corpo vem rejeitando: balada, altas horas, cervejinha e todas aquelas coisas da vida boemia, que durante anos fizeram parte do que eu sempre fui e que agora não sou mais.
Ontem tentei mais uma vez, infelizmente não deu, nem a balada roots me atrai mais.. fui para ter certeza que me propus a renascer e agora preciso me abrir para esse renascimento, viver essa nova fase de coração mais que aberto, pleno... desapegar com alegria do que fui um dia e deixar que esse novo momento venha tão bom quanto foram os outros anos da minha vida.


Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás

POEMA
By Cazuza e Frejat

Casados Carentes

Segue o texto citado na postagem anterior na íntegra, afim de reflexão.
Um parênteses: sem querer julgar os casados carentes, faço apologia ao amor e às palavras de meu querido Wagner Moura: "O casamento é uma instituição moderníssima. Hoje, nada mais obriga duas pessoas a estarem juntas, a não ser o amor".

IVAN MARTINS
É editor-executivo de ÉPOCA
Acho que toda mulher adulta conhece um deles: simpático, sedutor, carente e ... casado. Alguns são muito jovens, a maioria nem tanto. Todos têm em comum o olhar faminto, a mal disfarçada insatisfação com a vida conjugal e uma postura ambígua que pode ser resumida da seguinte maneira: eu não vou avançar o sinal, mas, se você sugerir, vou adorar.

São os casados carentes.

Entre eles, os homens são maioria, mas já conheci várias mulheres. Por alguma razão, o casamento não traz serenidade para essas pessoas. Produz angústia, inquietação, aprisionamento.

É um paradoxo. Ao casar, o sujeito deveria ficar feliz por ter encontrado alguém. Mas não. Ele sofre com a impossibilidade de ter todo o resto. Por isso os casados carentes se debatem contra os limites que inventaram para si mesmos. Por isso se insinuam para as pessoas ao redor deles, com maior ou menor sucesso. Por isso, violam, todos os dias, a única regra inviolável do casamento: não expor o seu parceiro ao ridículo.

Por que as pessoas fazem isso? Por algumas razões, eu imagino.

A primeira, óbvia, é que nem todo mundo é feliz no casamento. Nem todo mundo sabe o que está fazendo quando se casa – por ser jovem, por estar perdido, por querer deixar a casa dos pais, por estar grávida e assustada, ou por ter engravidado alguém e estar assustado. Há inúmeras razões para um mau casamento, mas quase todas desembocam no mesmo tipo de atitude: aqueles que se casam errado convivem de forma contrariada com a instituição.

Uma segunda razão, mais profunda, é que nem todos são capazes de ser feliz no casamento, por mais bacana que este seja. Essas pessoas logo descobrem que não vivem bem na companhia do outro. Percebem que a vida comum cai neles como uma roupa apertada. Ao notar isso, deveriam ser capazes de conversar e ir embora. Mas não. Eles ficam, e aí começam as indignidades.

Se existe uma regra sobre os casados carentes é que eles foram, antes, solteiros carentes.

Pessoas assim imaginam que casar resolverá a ansiedade, acabará com a angústia, trará paz. Obviamente não acontece assim. Os seres humanos levam para as suas relações aquilo de que são feitos. Assim, em pouco tempo de casado, fica evidente que a outra pessoa não vai preencher a vida de quem tem um buraco na alma. Os carentes precisam de uma multidão.

Muitas vezes isso é uma coisa temporária. Gente jovem, por exemplo, tem licença para experimentar sentimentos e testar relações com menor grau de compromisso. Há também os momentos de crise, quando jovens e adultos, homens e mulheres, se comportam como idiotas, porque estão com a cabeça em péssimo estado. Os recém-separados costumam ser assim, carentes e egoístas.

E já que estamos fazendo uma listinha de exceções, elas devem incluir aqueles que atravessam os estertores (que podem ser demorados) de um casamento falido. Esse é um momento ruim, no qual as pessoas estão confusas, doloridas e muito carentes, propensas, portanto, a agir sem consideração pelo parceiro ou pelos parceiros dos outros.

Quando se põe de lado as explicações, porém, os casados carentes são apenas chatos.

Se a gente não os leva a sérios, percebe que são bobos, hesitantes, coquetes no caso das mulheres. Se você resolve envolver-se com eles, descobre que embarcou num turbilhão. Já tive as duas experiências abundantemente: ser o carente e gostar do carente. Nenhuma delas é boa. As duas são vexatórias. Ainda não inventaram nada que substitua um ser humano que sabe o que deseja e escolheu você. Os carentes, casados ou não, vivem em dúvida. Escolhem todo mundo e vivem apenas para eles mesmos.

2 de nov. de 2010

Pelas ruas de Floripa


http://www.flickr.com/photos/driin

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HOW TO BE ALONE by Tanya Davis

If you are at first lonely, be patient. If you've not been alone much, or if when you were, you weren't okay with it, then just wait. You'll find it's fine to be alone once you're embracing it.

We could start with the acceptable places, the bathroom, the coffee shop, the library. Where you can stall and read the paper, where you can get your caffeine fix and sit and stay there. Where you can browse the stacks and smell the books. You're not supposed to talk much anyway so it's safe there.

There's also the gym. If you're shy you could hang out with yourself in mirrors, you could put headphones in (guitar stroke).

And there's public transportation, because we all gotta go places.

And there's prayer and meditation. No one will think less if you're hanging with your breath seeking peace and salvation.

Start simple. Things you may have previously (electric guitar plucking) based on your avoid being alone principals.

The lunch counter. Where you will be surrounded by chow-downers. Employees who only have an hour and their spouses work across town and so they -- like you -- will be alone.

Resist the urge to hang out with your cell phone.

When you are comfortable with eat lunch and run, take yourself out for dinner. A restaurant with linen and silverware. You're no less intriguing a person when you're eating solo dessert to cleaning the whipped cream from the dish with your finger. In fact some people at full tables will wish they were where you were.

Go to the movies. Where it is dark and soothing. Alone in your seat amidst a fleeting community.
And then, take yourself out dancing to a club where no one knows you. Stand on the outside of the floor till the lights convince you more and more and the music shows you. Dance like no one's watching...because, they're probably not. And, if they are, assume it is with best of human intentions. The way bodies move genuinely to beats is, after all, gorgeous and affecting. Dance until you're sweating, and beads of perspiration remind you of life's best things, down your back like a brook of blessings.

Go to the woods alone, and the trees and squirrels will watch for you.
Go to an unfamiliar city, roam the streets, there're always statues to talk to and benches made for sitting give strangers a shared existence if only for a minute and these moments can be so uplifting and the conversations you get in by sitting alone on benches might've never happened had you not been there by yourself

Society is afraid of alonedom, like lonely hearts are wasting away in basements, like people must have problems if, after a while, nobody is dating them. but lonely is a freedom that breaths easy and weightless and lonely is healing if you make it.

You could stand, swathed by groups and mobs or hold hands with your partner, look both further and farther for the endless quest for company. But no one's in your head and by the time you translate your thoughts, some essence of them may be lost or perhaps it is just kept.

Perhaps in the interest of loving oneself, perhaps all those sappy slogans from preschool over to high school's groaning were tokens for holding the lonely at bay. Cuz if you're happy in your head than solitude is blessed and alone is okay.

It's okay if no one believes like you. All experience is unique, no one has the same synapses, can't think like you, for this be releived, keeps things interesting lifes magic things in reach.

And it doesn't mean you're not connected, that communitie's not present, just take the perspective you get from being one person in one head and feel the effects of it. take silence and respect it. if you have an art that needs a practice, stop neglecting it. if your family doesn't get you, or religious sect is not meant for you, don't obsess about it.

you could be in an instant surrounded if you needed it
If your heart is bleeding make the best of it
There is heat in freezing, be a testament.