Quem somos

30 de mai. de 2011

Meu vício é...

MORAR FORA (Tom Jobim)

Não é apenas aprender uma nova língua.
Não é apenas caminhar por ruas diferentes ou conhecer pessoas e culturas diversificadas.
Não é apenas o valor do dinheiro que muda.
Não é apenas trabalhar em algo que você nunca faria no seu país.
Não é apenas conquistar um diploma ou fazer um curso diferente.
Morar fora não é só fazer amigos novos e colecionar fotos diferentes.
Não é só ter horários malucos e ver sua rotina se transformar.
Não é só aprender a se virar, lavar, passar, cozinhar.
Não é só comer comidas diferentes, pagar suas contas e se preocupar com o aluguel.
Não é só não ter que dar satisfações e ser dona do seu nariz.
Não é só amar o novo, as mudanças e também sentir saudades de pessoas queridas e algumas coisas do seu país.
Não é apenas já saber que é alguém do Brasil ligando quando toca seu celular e aparece numero privado.
Não é só a distância.
Não são apenas as novidades.
Não é só uma nova vista ao abrir a janela.
Morar fora é se conhecer muito mais...
É amadurecer e ver um mundo de possibilidades a sua frente.
É ver que é possível sim, fazer tudo aquilo que você sempre sonhou e que parecia tão surreal.
É perceber que o mundo está na sua cara e você pode sim, conhecê-lo inteiro.
É ver seus objetivos mudarem.
É mudar de idéia.
É colocar em prática.
É ver sua mente se abrir muito mais, em todos os momentos.
É se ver aberto para a vida.
É não ter medo de arriscar.
É aceitar desafios constantes.
É se sentir na Terra do Nunca
É querer voltar e não conseguir se imaginar no mesmo lugar.
Morar em outro pais é se surpreender com você mesmo.
É se descobrir e notar que na verdade, você não conhecia a fundo algo que sempre achou que conhecia muito bem: Você mesmo!
Exatamente isso, conhecer a si mesmo. Cada viagem é um toque a mais desse conhecimento que não cessa nunca. É apenas uma das muitas formas disponíveis no mercado para se 'autoconhecer'. Foi a primeira que descobri, a que eu nunca esqueci e provavelmente a mais enraizada em meus sentidos. No meio do caminho do me conhecer, do me entender, do me aceitar, dos meus quereres, entre viagens, encontrei outras formas, não menos produtivas, mas talvez menos conflituosas. Uma delas foi o Ashtanga e outra delas foi o amor romântico. Ironia, pois através do Ashtanga realizo viagens e por amor já viajei e já voltei...é, mais uma viagem, mais uma 'morada fora' está prestes a acabar (ou não) e já está me jogando na cara mais e mais segredos, que eu até então não estava interessada, sobre eu neste mundo...
que já procura a próxima parada...

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